Mulheres ainda vacilam na prevenção do câncer de mama – a mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, podendo evidenciar lesões em fase inicial. Entre 2003 e 2008 houve um aumento de quase 50% no número de mulheres que já se submeteram ao exame. Mas ainda é insuficiente. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam 50 mil novos casos da doença somente em 2010. Para mais de 11 mil mulheres o câncer de mama terá sido fatal. Nesse cenário, a mamografia 3D se destaca em termos de diagnóstico, reduzindo a quantidade de repetições e de falsos positivos.
De acordo com o doutor Aron Belfer, médico radiologista do CDB Premium, em São Paulo, mulheres com mais de 40 anos devem se submeter anualmente ao exame – independentemente de ser uma mamografia convencional, digital ou 3D. O método continua sendo muito eficiente na detecção precoce de câncer da mama, podendo reduzir consideravelmente o índice de mortalidade, o custo do tratamento e, principalmente, o desgaste emocional da paciente.
“A mamografia 3D, ou tomossíntese, produz múltiplas imagens da mama, sob diferentes ângulos. Essas projeções, quando reconstituídas numa imagem tridimensional da mama, eliminam a superposição de tecidos, melhoram a visualização dos contornos da lesão e aumentam entre 10% e 15% a detecção do câncer de mama”, diz Belfer.
A tomossíntese oferece outros importantes benefícios para as mulheres. Além de permitir a detecção de tumores menores, reduz de forma relevante o número de pacientes submetidas a biópsias por conta de falsos positivos.
Na opinião do médico, em termos de tecnologia, a mamografia digital já é um avanço importante em relação à mamografia convencional, com filme. Mas a tomossíntese surge como uma tecnologia capaz de detectar lesões que antes passariam despercebidas na mamografia digital, principalmente em mamas muito densas. “A detecção de tumores menores permite recorrer a cirurgias menos mutilantes, resulta em menor custo global do tratamento, maior sobrevida e melhor qualidade de vida das pacientes”.
Fonte: Dr. Aron Belfer, médico radiologista do CDB Premium, em S.Paulo