Futuros donos de animais de estimação, ao se encantarem por carinhas meigas e fofas e adquirirem um pet ainda filhote, raramente se dão conta de que cães e gatos também ficam velhos. Ainda que as fases de crescimento e de vida adulta sejam fundamentais para uma velhice saudável, é importante que os donos estejam atentos quanto às limitações e às necessidades na “melhor idade” dos pets, fase que requer cuidados especiais.
Como nos humanos, na fase senil, há queda na atividade metabólica do organismo de cães e gatos. Os animais reduzem a atividade física, os dentes ficam enfraquecidos e muitas vezes aparecem doenças geriátricas, como artrites e artroses.
Segundo a veterinária da Vetnil, Isabella Vincoletto, a alimentação de um animal idoso é o primeiro cuidado a ser adotado pelo dono. Além de um alimento mais tenro, de fácil mastigação, uma alimentação balanceada, condizente com o gasto energético do pet, é indispensável para que o animal não ganhe peso. “Na velhice, os animais tendem a apresentar uma diminuição da massa muscular e muitas vezes tornam-se obesos, mostrando a necessidade de uma alimentação com uma quantidade adequada de proteínas de alta qualidade para minimizar as perdas das reservas de proteína do organismo”, esclarece Vincoletto.
A aparição de placas bacterianas e de mau hálito, além da perda de dentição também é muito comum durante a velhice, podendo dificultar a ingestão dos alimentos e, em casos mais graves, ser a causa da anorexia. Por isso, é importante o proprietário realizar a escovação dos dentes do animal ou uma vez por ano levá-lo ao veterinário para prevenir a formação de tártaro.
Outro cuidado, para prevenir a progressão das mudanças metabólicas naturais, resultantes do processo de envelhecimento, é a prática de atividade física. Os exercícios contribuem para manter o tônus muscular dos pets e favorecem a circulação do sangue. “A manutenção do peso corporal é um dos fatores determinantes para a prevenção de artrites e artroses. Cães em forma são menos predispostos a desenvolver problemas articulares”, explica Vincolleto.
Valer-se de paciência e atenção, além de dispensar uma parte do tempo para brincar com o pet, também pode prevenir problemas comportamentais, como resistência a mudanças da rotina diária ou mesmo a depressão. Cães, ainda mais do que gatos, são animais de grande sociabilidade e gostam de ter companhia.
Segundo a veterinária, o dono precisa estar atento para qualquer sintoma que fuja ao equilíbrio fisiológico do pet seja rapidamente diagnosticado. Para isso, a medicina veterinária tem desenvolvido produtos cada vez mais completos para o bem-estar dos pets também na velhice. “Hoje existem suplementos alimentícios, como o Aminomix Pet e o Nutralogic, que possibilitam uma manutenção fisiológica e bloqueiam os fatores oxidantes. Os tratamentos para problemas articulares também estão mais eficazes com o uso de produtos orais à base de condroitina, como o Condroton, muito eficiente para a regeneração dos elementos perdidos durante os processos de desgastes e proteção das articulações”, ressalta Vincoletto.
De acordo com a Associação Cinológica do Brasil, a longevidade dos cães varia conforme o porte da raça, sendo a expectativa média de um cachorro de pequeno e médio porte cerca de 12 anos e dos cães grandes ou gigantes mais curta. Essa idade, entretanto, não é uma regra. Os cuidados recebidos desde a infância são determinantes da expectativa de vida dos animais. Por isso, ao adquirir um cão filhote, é bom ter em mente que o animal também vai envelhecer e requerer cuidados geriátricos para viver mais. Estar disposto a ter esse amigo fiel significará cuidar dele quando ele mais precisar, na velhice.