“A crise e o desenvolvimento do Brasil” é o tema do debate com entrada franca que comemora o Dia do Economista, em 13 de agosto, às 17h30, no Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ). O diretor de estudos macroeconômicos do Ipea, João Sicsú participará, em mesa que conta também com o presidente do Corecon-RJ, Paulo Passarinho, o presidente do Centro de Estudos para o Desenvolvimento (CED) do conselho, João Paulo de Almeida Magalhães, e os economistas José Carlos de Assis e Carlos Lessa. A 19ª Edição do Prêmio de Monografia Economista Celso Furtado será entregue antes do debate.
No evento serão lançados quatro livros: “Sociedade e Economia: Estratégias de Crescimento e Desenvolvimento”; “Desafios do Desenvolvimento Brasileiro: Contribuições do Conselho de Orientação do Ipea”; “A Crise da Globalização”; e o “O que fazer depois da crise: a contribuição do desenvolvimento keynesiano”.
O primeiro livro, organizado por João Sicsú e Armando Castelar, discute a questão do desenvolvimento. “Para ter um mercado mais forte, precisamos ter um Estado mais forte”, diz Sicsú. O livro aborda a questão do desenvolvimento de forma que não se reduza ao “crescimento econômico”, mas como um conjunto mais amplo de políticas públicas e estratégias para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Brasil. A idéia é o Ipea apresentar enfoques variados, de acordo com “a sua velha tradição de debate amplo sobre as questões do desenvolvimento”, como assinala a professora e economista Maria da Conceição Tavares, em texto da quarta-capa do livro.
Doutor em ciências econômicas pela Universidade de Paris I e membro do Conselho de Orientação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), João Paulo de Almeida Magalhães é autor do último livro que será apresentado no debate. Sua exposição defende a necessidade de se criar um paradigma teórico capaz de substituir o liberal e que leve em conta as características específicas do crescimento retardatário. Isso passaria a permitir que, pelo menos em tese – diferentemente do que ocorre hoje – a América Latina apresentasse taxas de crescimento no mesmo nível dos países asiáticos.
Magalhães mostra como a experiência de John Maynard Keynes com a elaboração da sua “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, que ajudou a tirar os EUA da Grande Depressão dos anos 1930, é fundamental nesse caminho. “Keynes dizia que ‘no longo prazo estaremos todos mortos’. Mas, ainda que todas as suas propostas fossem de curto prazo, trata-se de uma experiência que, do ponto de vista científico, comprova o sucesso de políticas antiliberais. Daí a sua importância para nós latino-americanos, hoje”, afirma.
Responsável por fiscalizar o exercício da profissão de economista, o Corecon-RJ conta, atualmente, com 12 mil profissionais registrados.
Serviço
Dia do Economista – Debate “A crise e o desenvolvimento do Brasil
Expositores: João Sicsú, João Paulo de Almeida Magalhães, Paulo Passarinho, Carlos Lessa e José Carlos de Assis
Data: 13/08/2009, quinta-feira, às 17h30
Local: Auditório do Corecon-RJ – Av. Rio Branco, 109 – 19º andar – Centro (RJ) – capacidade: 100 lugares
Entrada Franca