Os integrantes do Comitê de Emergência para casos de alerta às pandemias, compostos por representantes de entidades como a Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Laboratório Central, Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) reuniram-se na manhã da última terça-feira (5) para darem conhecimento ao secretário de Estado da Saúde, Milton Moreira, sobre os procedimentos adotados por aquele comitê no acompanhamento da chegada de Brasília no aeroporto Jorge Teixeira de Oliveira, de Viliane da Silva Aguiar e sua filha, Ana Hilda, de um ano e sete meses, procedentes de Barcelona, na Espanha, que haviam sido anteriormente retidas pela Anvisa em Brasília, com suspeita de gripe Influenza tipo A.
O responsável pela Gerência de Vigilância Epidemiológica (GTVAE) da Agevisa, Marcos Ferreira, disse que foi informado ainda no domingo (3) por volta de 14 horas, pelo chefe da Anvisa local, Manoel Amaro, que mãe e filha com suspeita de Influenza A estariam desembarcando no vôo da madrugada de domingo para segunda, mas, na mesma tarde, Manoel Amaro havia sido informado pelo gerente-geral de portos e Aeroportos da Anvisa, Paulo Coury, do cancelamento da vinda.
Só na tarde de segunda-feira (4), por volta das 15h30, que, segundo Marcos, Manoel Amaro teria voltado a confirmar que mãe e filha desembarcariam na madrugada de segunda para terça em Porto Velho em torno de 01h10. Segundo ele, foi feito contato imediato com a Anvisa para conhecer o motivo da liberação da criança, antes que o material coletado para exame no Distrito Federal pudesse ter apresentado algum resultado positivo ou descartada a hipótese de Influenza A. Na ocasião, teria sido informado que os sintomas da criança haviam melhorado e que podiam seguir viagem.
Recepção e barreira sanitária
Diante das informações da Anvisa nacional, Marcos Ferreira diz que o comitê montou uma estratégia de recepção ao vôo da TAM, sendo que junto ao staff do aeroporto optaram por deslocar a aeronave para o setor de desembarque internacional que não tem movimento naquele horário, para evitar possíveis tumultos. Montaram um local para cadastramento dos demais passageiros e a ambulância do Samu para recepcionar e conduzir a mãe e a filha para deslocamento à casa de parentes, onde permanecem em quarentena domiciliar recomendada pela Anvisa, além das demais recomendações pertinentes.
Marcos Ferreira informou ainda que teria feito contato com o comandante da aeronave ainda em pleno vôo, cerca de vinte minutos antes do desembarque, questionando se havia algum paciente com requisição de acompanhamento especial naquele vôo, para o que foi informado somente da existência de um casal de idosos. Até aquele momento o comandante não havia sido informado do prosseguimento da viagem de Viliane e de sua filha Ana Hilda. Disse, porém, que a criança deveria estar portando máscara. Posteriormente a mãe foi localizada na aeronave e ela, sim, usava a máscara. Segundo Marcos, o comandante teria ficado surpreso com o alerta, embora tenha informado que havia questionado aos passageiros sob alguma suspeita antes do vôo decolar no DF.
Para que mãe e filha não fossem constrangidas, elas desembarcaram primeiro e seguiram na ambulância do Samu e foram encaminhadas ao Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), numa unidade que foi ampliada para atender pacientes que necessitem de atenção específica em unidade de isolamento. Os 153 passageiros receberam orientação e máscaras de proteção ainda antes de desembarcarem da aeronave. Posteriormente foram cadastrados.
Alerta
No Brasil, até o momento, não foram confirmados casos da doença. Os responsáveis pelo comitê alertam à população para que fique atenta mas que, evite situações indesejadas de pânico, uma vez que as autoridades sanitárias estão preparadas para acompanhar os possíveis casos. O Estado de Rondônia dispõe de dois Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Rede CIEVS) em atividade para apoiar os serviços de vigilância em Saúde e unidades de atenção no enfrentamento de emergências em Saúde Pública, que estão disponíveis 24 horas ininterruptas, incluindo finais de semana e feriados. Para o CIEVS estadual o contato é: (69) 9979-0892 e municipal: 9981-0704. A notificação de casos suspeitos também pode ser feita através da página eletrônica da Agevisa no endereço: www.agevisa.sefin.ro.gov.br. As pessoas devem se atentar ainda às recomendações de se evitar aglomerações e utilização comum de objetos de uso individual, como recomendam os boletins distribuídos em aeroportos e informar as autoridades sanitárias em casos de suspeitas.
Fonte: A/I SESAU – Secretaria de Estado da Saúde