Um grupo de 50 agricultores dos municípios de Alvorada do Oeste e São Miguel do Guaporé (municípios de Rondônia) visitaram, na última quarta-feira, obras, empreendimentos e instituições públicas na capital. A proposta faz parte de um processo de inclusão participativa, onde grupos de agricultores representando suas associações visitam Porto Velho para ver, de perto as ações governamentais e conhecer o avanço estrutural pela qual a cidade vem passando.
Na realidade trata-se de dar oportunidade ao agricultor, que nem sempre tem tempo ou condições para deslocar-se de sua propriedade, para conhecer os caminhos que levam ao desenvolvimento e assim, dar a sua contribuição de forma mais participativa e comunitária.
Durante todo o dia em que estiveram na capital os agricultores, acompanhados por técnicos e extensionistas da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), passaram pelo palácio do governo, foram recebido pelos parlamentares na Assembléia Legislativa, visitaram as obras avançadas do Centro Político Administrativo e das Usinas Hidrelétrica, além de conhecerem pontos turísticos, como Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e o shopping Porto Velho.
Na Emater os agricultores conheceram o complexo administrativo e as ações que são desenvolvidas no campo com apoio governamental. O chefe de gabinete, Domingos Antonio Prieto, que recebeu o grupo, falou das inovações que já estão sendo absorvidas pela instituição, como a usina do calcário, que será administrada pela Emater. “Já houve o deslacre por parte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e, na próxima semana, já deveremos estar distribuindo calcário”, diz Prieto.
O chefe de Gabinete falou ainda dos investimentos que a Emater vem recebendo para executar suas ações dando ênfase aos projetos Promec e Propeixe – que disponibiliza horas-máquina para que o agricultor possa trabalhar em sua propriedade. No caso do propeixe o custo para o agricultor sai menos da metade do preço de mercado.
A única reivindicação feita pelos agricultores foi referente ao laboratório para análise de solos. “Esse realmente nós ainda não temos, nós terceirizamos o serviço, mas há perspectiva e empenho do secretário Sorrival de Lima, no sentido de implantar um laboratório para esse tipo de análise. Já estamos implantando, em parceria com a Embrapa, um laboratório para análise de leite. O de solo deve vir também”, diz, Prieto.