O Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) organizaram o primeiro Simpósio Franco-Brasileiro de Neurocirurgia Funcional e Neurologia, em mais um evento chancelado pelo Ano da França no Brasil. O colóquio começou no dia 12 de novembro nas dependências do HUPE, na zona norte do Rio de Janeiro.
Durante os dois dias de debates, serão tratados temas como dor, espasticidade, espasmo facial, reabilitação, bexiga neurogênica, epilepsia e neuroestimulação, entre outros. O evento ainda conta com a presença do eminente professor francês Marc Sindou, da Universidade de Lyon, na França, considerado uma autoridade mundial em neurocirurgia funcional e que vai ministrar uma série de palestras durante o simpósio.
A comissão organizadora do seminário é formada pelos professores Maud Parise, João Santos Pereira, Elinston Lannes Simões, Henrique Goldberg e Carlos Telles, todos da UERJ.
“Existe uma grande amizade entre o Brasil e a França. As duas culturas são muito próximas. Temos uma grande admiração por este país, sobretudo no que diz respeito à medicina”, declarou o diretor-geral do HUPE, Rodolfo Nunes, ao abrir o simpósio.
Henrique Goldberg, João Santos Pereira, Carlos Telles e Maud Parise – a coordenadora do evento – agradeceram à plateia pela presença e exaltaram as qualidades do convidado de honra, o professor Marc Sindou. Autor de inúmeras publicações sobre neurocirurgia e neurologia, ele é convidado para dar palestras no mundo inteiro. “Trata-se de uma grande personalidade científica e, sobretudo, de um grande professor”, elogiou Parise.
Depois da apresentação, o simpósio começou com o módulo inicial sobre dor. O professor Carlos Telles ministrou uma palestra sobre a abordagem da dor no século XXI, começando com um histórico dos estudos em matéria de dor. “As civilizações se preocupam com a dor desde a época do Egito Antigo, quando a papoula – a planta da qual é extraído o ópio – era usada como analgésico”, afirmou o professor em neurocirurgia, que dirige a clínica de dor da UERJ, criada em 1980. “O tratamento da dor crônica tem de ser feito numa clínica de dor”, sentenciou Telles. Para encerrar sua palestra, Carlos Telles recorreu a uma frase do famoso escritor inglês William Shakespeare: “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”.