A anorexia alcoólica, também conhecida como Drunkorexia (termo criado nos EUA) não é uma doença e sim um sintoma do alcoolismo. Resume-se por perda de apetite provocada pelo consumo excessivo de álcool. É um tema controverso já que há duvidas se devemos considerar um transtorno alimentar especificamente – muitas mulheres jovens preocupadas com a imagem corporal têm o problema caracterizado como anorexia – ou uma deficiência metabólica, conseqüência consequência de uma dependência química em estágio avançado.
O assunto está em pauta e será muito discutido na novela “Viver a Vida”, da Rede Globo. A personagem Renata, vivida pela atriz Bárbara Paz, foi diagnosticada com o distúrbio e sofrerá muito até aceitar que precisa de cuidados médicos.
A trama possibilita difundir informações, principalmente aos pais e responsáveis por meninas – a partir de 18 anos – que possam apresentar indícios de distúrbios alimentares e/ou de consumo de álcool. Com esta identificação, é possível procurar ajuda precoce.
Noventa por cento dos casos de anorexia nervosa são encontrados em mulheres. A freqüência vem aumentando devido ao culto à magreza provocado pela mídia e, conseqüentemente, aos valores distorcidos incentivados pela sociedade.
Em busca de um corpo perfeito como os das atrizes, modelos e cantoras, as mulheres jovens tendem a procurar formas de chegar ao aspecto físico desejado. É nesta hora que a anorexia pode se manifestar.
A Drunkorexia pode atingir mulheres a partir dos 20 que ingerem quantidades cada vez maiores de bebidas alcoólicas e restringem a ingestão de calorias na tentativa de manter o corpo magro. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo atinge cerca de 12% da população feminina mundial.
No Brasil, ainda não existem dados sobre a Drunkorexia, porém, há índices que associam o alcoolismo feminino aos transtornos psicológicos como bulimia, anorexia, ansiedade e depressão.
O álcool se torna uma forma de anestesiar as emoções negativas e, na busca por um corpo perfeito, a bebida é usada para reduzir a compulsão por alimentos e o apetite. Além disso, os efeitos do álcool amenizam os sintomas psicológicos e, quando ingerido com o estômago vazio, a ação é ainda mais rápida, tornando-o um “grande aliado”.
Mesmo sendo uma fonte calórica, o álcool substitui o alimento sob a forma de “calorias vazias”, pois ele não é utilizado eficientemente pelo organismo como uma forma de combustível.
Tanto a digestão como a absorção das calorias são prejudicadas, já que a nutrição nestas condições ocorre sob a influência de um déficit de tiamina, vitamina B12, ácido fólico, zinco e aminoácidos.
Com o metabolismo alterado, os micronutrientes (folato, tiamina, piridoxina, vitamina A, vitamina D, zinco, selênio, magnésio e fósforos) sofrem alterações. As conseqüências desta doença resumem-se a distúrbios nutricionais importantes com alterações orgânicas como arritmias, convulsões, doenças neurológicas, anemia, distúrbios menstruais, alterações da tireóide e endócrina. Portanto, além da perda de apetite, complicações como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica e diabetes secundária podem ocorrer.
Recusa em se manter no peso mínimo indicado para a altura e idade (ou um pouco acima disso), medo intenso de engordar, distorção da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual sem causa aparente associados ao consumo de álcool em substituição dos alimentos são alguns sinais da anorexia alcoolica.
O tratamento é feito com terapia comportamental e acompanhamento nutricional para controle das duas doenças associadas: o transtorno alimentar e o alcoolismo. São necessárias estratégias como trabalhos de grupo, reuniões do AA (Alcoólicos Anônimos) e avaliações clínicas para medir e tratar os prejuízos orgânicos do consumo.
* Dra. Patrícia A. de Oliveira é médica-nutróloga responsável pela EMTN (Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional) do Hospital Bandeirantes
SOBRE O HOSPITAL BANDEIRANTES
Localizado no bairro da Liberdade, região central da capital paulista, o Hospital Bandeirantes tem 34 anos de existência e é referência em atendimentos de alta complexidade, com know-how nas áreas de atenção cardiovascular, oncologia, transplantes e cirurgias especializadas. Faz parte do Grupo Saúde Bandeirantes, junto com o Hospital Leforte, no Morumbi, Hospital Glória, na Liberdade, Hospital Lacan, para atendimento psiquiátrico, em São Bernardo do Campo, e Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté.
Em breve será inaugurada uma nova ala do Hospital Bandeirantes, que passará a ter mais de 30 mil metros quadrados, com Centro de Oncologia, ressonância magnética e medicina nuclear com pet scan e mais leitos, totalizando 280, sendo 80 de UTI. O investimento para a ampliação é de R$ 45 milhões.
O Hospital Bandeirantes possui a certificação ONA 3 – Excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Esse selo de qualidade garante a segurança e a melhoria contínua dos serviços prestados, que seguem padrões nacionalmente reconhecidos.
Apenas 38 hospitais brasileiros possuem o ONA 3, sendo cerca de 10 na capital paulista e, entre eles, o Hospital Bandeirantes.
Localizado no bairro da Liberdade, região central da capital paulista, o Hospital Bandeirantes tem 34 anos de existência e é referência em atendimentos de alta complexidade, com know-how nas áreas de atenção cardiovascular, fraturas de crânio, coluna e ossos, urologia e nefrologia, oncologia e cirurgias especializadas. Fazem parte do Grupo Saúde Bandeirantes, junto com o Hospital Leforte, no Morumbi, o Hospital Glória, na Liberdade, Hospital Lacan, para atendimento psiquiátrico, em São Bernardo do Campo, e Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté.
Até dezembro, será inaugurada uma nova ala do Hospital Bandeirantes, que passará a ter mais de 30 mil metros quadrados, com Centro de Oncologia, ressonância magnética e medicina nuclear e mais 120 leitos, totalizando 300, sendo 80 de UTI. O investimento para a ampliação é de R$ 45 milhões
O Hospital Bandeirantes detém a certificação ONA 3 – Excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Esse selo de qualidade garante a segurança e a melhoria contínua dos serviços prestados, que seguem padrões nacionalmente reconhecidos. Apenas 32 hospitais brasileiros possuem o ONA 3, sendo 10 na capital paulista e, entre eles, o Hospital Bandeirantes.