O Laboratório Bagó foi condenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a suspender toda a propaganda criada para o medicamento Abelcet. Essa decisão foi tomada pela ANVISA que classificou essa comunicação de propaganda enganosa. O medicamento é vendido sob prescrição médica e destina-se ao tratamento de doenças fúngicas. A suspensão da propaganda cita diretamente um impresso denominado “A evolução no tratamento fúngico”, assim como a Bula, visto que ambas as peças de comunicação induzem a falsa interpretação, assim como equívocos ou confusão em relação às finalidades e às formas de uso do medicamento.
Segundo informa a ANVISA, “a propaganda utiliza-se de informações não fiéis às fontes referências, usando de adulteração na transcrição de dados de pesquisas para induzir superioridade do medicamento. As peças também omitem informações relevantes, como a dose recomendada, o que pode desencadear condutas terapêuticas errôneas pelos profissionais médicos”.
A determinação de suspender as ações de propaganda do Abelcet é de abrangência nacional. No caso de infração à decisão da ANVISA o Laboratório Bagó estará sujeito desde a interdição do produto, do estabelecimento e a multas que chegam a R$ 1,5 milhão.
O IDUM – Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos já se manifestou a respeito, condenando a atitude do Laboratório Bagó em relação à forma de forçar a venda do medicamento Abelcet. O presidente do IDUM, Dr. Antonio Barbosa da Silva, alertou que esse medicamento é indicado para pacientes com câncer, AIDS, doenças auto-imunes e imunodeprimidos. Se não forem tratados com os devidos cuidados e prescrições corretas podem ter complicações e até morrerem.