O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) está garantindo a comunicação da Operação coordenada pelo Ibama na Floresta Nacional do Bom Futuro, que reúne quase 400 profissionais envolvidos na proteção da área de 250 mil hectares. O Sipam instalou 20 equipamentos de rádio transmissão (RDSS) nas bases da operação e nos veículos. Isso permite o contato ininterrupto entre o Centro Regional do Sipam, em Porto Velho, e as equipes de campo. Além das opções por canal de voz, o rádio transmissor permite troca de e-mail e transmissão de fax, e informa a localização das equipes.
Também fazem parte da estrutura oferecida pelo Sipam na Bom Futuro, cinco terminais de comunicação via satélite (antenas VSAT), que permitem conversas por telefone convencional, freqüência de rádio e por satélite. Todas as informações são controladas 24 horas pelo Sipam, que armazena cadastros dos moradores locais e de infrações registradas no local.
Meses de estudos de inteligência e planejamento do Sipam foram necessários para que militares, policiais e a fiscalização ambiental pudessem ir a campo para cumprir a decisão judicial de desocupar a Floresta Nacional. O Sipam reuniu informações suficientes para sensibilizar a população, além de coibir a retirada de madeira e a criação de gado no local. Analistas do órgão montaram um banco de dados com informações sobre os proprietários, a quantidade de rebanhos mantido na Bom Futuro, número de madeireiras envolvidas com a distribuição de madeira, e outros detalhes necessários para o sucesso da operação. Essas informações foram inseridas no mapa, permitindo a localização e a distinguindo trabalhadores de grandes proprietários.
Além disso, a comprovação de crimes ambientais ficou mais fácil graças ao relatório de desmatamento do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE), elaborado pelo Sipam através da interpretação de imagens de satélite. Tais ações evitam erros que coloquem em situação de risco os técnicos e a população, durante o trabalho de campo.