O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez um relato sobre a reunião que aconteceu na semana passada (dias 4, 5 e 6) em Londres entre os ministros das finanças e presidentes de Banco Central do G-20). Os Brics (Brasil, China, Índia e Rússia) também se reuniram na capital do Reino Unido. Conforme o ministro, os países emergentes reafirmaram a intenção de ampliar seu poder decisório no Fundo Monetário Internacional (FMI) de forma que tenham condições igualitárias frente aos países avançados na formulação das regras do sistema financeiro internacional. Segundo ele, o Brasil assinará acordo para aplicar US$ 10 bilhões no FMI durante a cúpula do G-20 em Pittsburg (EUA) no final deste mês. China, Índia e Rússia também devem investir no fundo.
Guido Mantega afirmou que os Brics querem acelerar a reforma do FMI e do Banco Mundial para que tenham uma participação acionária maior. “Nós colocamos como meta passar 7% das ações dos países avançados para os países emergentes. Hoje, a proporção de votos no FMI é de 60% para os países ditos avançados e 40% para os países em desenvolvimento”, explicou aos jornalistas após reunião com o presidente Luis Inácio Lula da Silva no Centro Cultural Banco do Brasil.
O ministro comentou ainda sobre a retomada do crescimento das economias brasileira e mundial, tema discutido em Londres, e disse que os governos devem continuar com seus programas de estímulos. “Nós achamos que a economia mundial está melhorando, mais lentamente nos países avançados do que nos países emergentes. Todos os países estão melhorando de um modo geral, porém, alguns países mais afoitos já estavam querendo pensar em desativar os programas de estímulos à economia. Nós fomos contra isso”, declarou.
Mantega lembrou que o PIB industrial no Brasil cresceu 2,2% em relação ao mês anterior. Para ele, o resultado é um sinal que a indústria está em forte recuperação no Brasil. “A indústria era o setor mais afetado pela crise, porque é exportadora. Então ela está se recuperando. O setores automobilístico e de bens de consumo duráveis, que nós estimulamos, estão indo muito bem. Então podemos dizer que é um grande sucesso e até quando for necessário nós vamos continuar (com a política anticíclica). Nós temos uma desoneração em curso. As regras estão definidas e por enquanto é isso que está estabelecido”.
Fonte: Assessoria de Comunicação – GMF