A sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, em Brasília, DF, vai ser o ponto de encontro entre cientistas de Brasil, Colômbia, Costa Rica e Peru, que pretendem unir esforços para uniformizar os procedimentos de biossegurança para organismos geneticamente modificados (OGMs) em seus respectivos países. No dia 28 de setembro, às 10h, no edifício sede da Embrapa (Sala Álvaro Barcelos), eles farão a apresentação pública do projeto “América Latina: construção de capacidade multipaíses segundo o Protocolo de Cartagena em biossegurança” – LAC Biosafety, desenvolvido em conjunto entre representantes desses países e aprovado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) do Banco Mundial.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Débora Pires Paula, essa apresentação tem como objetivo divulgar detalhadamente os componentes técnico-científicos do projeto, além de apresentar alguns de seus membros do Brasil e dos outros países componentes.
A elaboração do LAC Biosafety surgiu da necessidade de fortalecer a capacidade em cada país participante em relação à segurança ambiental das plantas geneticamente modificadas (GM), seu impacto socioeconômico e formatos de comunicação, utilizando a complementaridade de competências entre os cientistas desses países que trabalham na área de biossegurança. “O que se pretende de fato é facilitar o preenchimento de lacunas de conhecimento”, afirma a pesquisadora.
Mais de 180 países do mundo, entre eles o Brasil, reconhecem a importância do tema da biossegurança dos OGMs, em especial das plantas transgênicas, e ratificaram o Protocolo de Cartagena em Biossegurança sob o escopo da Convenção da Diversidade Biológica. Sob esse Protocolo, reconhecem a complexidade dos temas associados e acatam que a tomada de decisão demanda análises caso a caso, respeitando as particularidades de cada país, como meio ambiente e cultura, em consonância com o Princípio da Precaução.
Frente a esse cenário, como explica Débora, os pesquisadores dos quatro países latino-americanos se uniram para elaborar o projeto LAC Biosafety, visando principalmente estabelecer uma estratégia orientadora harmonizada que possa subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas robustas e transparentes nos países participantes, o que resultará em benefícios para a conservação e uso sustentável da biodiversidade,
Projeto será também avaliado por representantes do Banco Mundial
Depois da seção de apresentação pública, acontecerá a avaliação do andamento do projeto por representantes do Banco Mundial, com a presença dos coordenadores nacionais dos países membros do projeto e representantes temáticos regionais. Essa reunião será realizada nos dias 28 à tarde e no dia 29 de setembro também na sede da Embrapa.
No dia 29 de outubro, os membros do LAC Biosafety e os representantes do Banco Mundial visitarão a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 42 unidades da Embrapa, também localizada em Brasília, onde são desenvolvidas pesquisas de biossegurança de OGMs. No dia 1º de outubro, será realizada uma reunião restrita aos membros brasileiros do projeto.
A apresentação pública do projeto “América Latina: construção de capacidade multipaíses segundo o Protocolo de Cartagena em biossegurança – LAC Biosafety” acontecerá no dia 28 de setembro, às 10h, na Sala Álvaro Barcelos do edifício sede da Embrapa (Parque Estação Biológica – PqEB, Final Av. W3 Norte).
Fernanda Diniz
Jornalista
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia