O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na última segunda-feira (28/9) que está fora de cogitação qualquer possibilidade de ação militar brasileira em Honduras, mesmo que as forças militares daquele país invadam a embaixada brasileira, conforme ameaça feita por autoridades locais. “Nós não podemos entrar com força num país estrangeiro. A solução é exclusivamente diplomática”, afirmou Jobim ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas no Rio de Janeiro. “Só se declarar guerra, o que é inviável”, afirmou, diante da insistência dos repórteres em saber em que circunstâncias teóricas seria possível uma mobilização militar.
O ministro disse sequer cogitar a possibilidade de retenção dos brasileiros em Honduras, mesmo no caso de uma deterioração da crise que leve a uma invasão da embaixada. “Evidentemente, os hondurenhos terão a lucidez de determinar a saída dos brasileiros de lá. Agora, não há nenhuma possibilidade de se pensar em movimentos armados.
Jobim explicou que há somente dois países no mundo onde as embaixadas brasileiras são guardadas com forças militares: na Costa do Marfim e no Congo. “Dispomos lá de forças especiais, autorizadas pelos governos, tendo em vista a instabilidade do próprio país”. As declarações foram dadas pelo ministro após pronunciar o discurso de abertura da International Nuclear Atlantic Conference -Inac 2009, realizada no Rio de Janeiro.