No próximo dia 08 de dezembro a galeria Lourdina Jean Rabieh realiza o vernissage da “Mostra Brigitte Bardot”, que reúne fotos inéditas e originais da diva, clicadas por Marcello Geppetti, em homenagem aos 75 anos da atriz, celebrado nesse ano. O renomado fotógrafo italiano foi um dos precursores do termo paparazzi nos anos 60 e tornou-se grande amigo de Bardot.
A mostra “Brigitte Bardot” revela 15 fotos inéditas e originais (com tiragem de sete fotos de cada) da estrela mundial. A exposição, que já passou por vários países, acontece pela primeira vez no Brasil, e vai até o dia 23 de dezembro.
As fotos (em grandes formatos) estarão à venda e devem custar entre 8 e 14 mil reais cada.
Sobre Brigitte Bardot
Nas décadas de 50 e 60, Brigitte Bardot ditou moda e comportamento. Brigitte era moderna, sexy e mudou os padrões de beleza da época. A estrela é uma das mulheres mais fotografadas do mundo e um dos grandes nomes do cinema. Após um início de carreira orientado pelo primeiro marido, o diretor de cinema Roger Vadim (E Deus Criou a Mulher, 1956), e mais tarde dirigida por Jean-Luc Godard (O Desprezo, 1963) e por Louis Malle (Viva Maria, 1965), a atriz francesa Brigitte Bardot interpretou papéis de mulher sensual e sedutora que a converteram num símbolo sexual, muito além das fronteiras do seu país. Suas interpretações liberais romperam tabus e despertaram um enorme interesse por sua vida privada. Brigitte Bardot rodou o seu último filme em 1974 e, desde então, tem feito uso da sua popularidade para lutar contra a crueldade para com os animais.
Sobre Marcello Geppetti
O fotógrafo Marcello Geppetti nasceu em Rieti, província de Lazio, na Itália, em 1933. Desde a infância mostrava sinais de dons artísticos criando esculturas, imagens e desenhos incomuns para sua idade. No final dos anos 50, estes dons se concentraram em uma só: “a arte da imagem e da fotografia”. Desde o início suas fotografias já demonstravam uma maneira muito particular de captar a expressão das pessoas, os ambientes e as imagens em movimento.
Marcello Geppetti (1933 – 1998) tornou o termo Paparazzi famoso, fotografou o glamour de divas como Elizabeth Taylor, Anita Ekberg, Gina Lollobrigida e Cláudia Cardinale, entre muitas outras, para publicações internacionais de referência como a Time Magazine, Life Magazine, Vogue e o “Washington Post”.
Na lista de “furos” de reportagem de Geppetti estão o primeiro nu de Brigitte Bardot e o flagra do beijo entre Liz Taylor e Richard Burton, confirmando o romance secreto. Para conquistar o clique do beijo entre duas das maiores estrelas da época, o profissional passou dois dias inteiros em uma árvore. Marcello foi parte importante na criação de uma das mais maravilhosas “lendas” do mundo do cinema: o amor entre Liz e Burton.
Em 1959, Geppetti iniciou a sua carreira profissional na agência de fotojornalismo Meldoni-Canestrelli-Bozer, uma das maiores de Roma, coincidindo com a estreia do filme “La Dolce Vita” do realizador italiano Federico Fellini, uma longa-metragem marcante na época que dá agora título a esta exposição.
Marcello, com pouco mais de 20 anos, participou da época (La Dolce Vita) sem perceber que junto com um pequeno grupo, “fotógrafos-garotos”, que estavam criando “a história” da fotografia. Nasceu um estilo diferente de caracterizar as imagens com nomes como: “a estrela”, “a diva”, “a moda”, “o glamour”. Foi uma época maravilhosa, pois todo o mundo olhava para Roma. Tudo era maravilhoso, tudo era festa, tudo era sonho. O trabalho realizado por Geppetti favorece a natureza voyeurista da fotografia. A câmera é utilizada como um dispositivo predatório, que caça a estrela.
Depois de 40 anos de trabalho, sem descanso, será lançada a obra “Sem Trégua” (título do livro sobre ele que será lançado em breve na França). Marcello faleceu repentinamente de infarto na noite de 27 de fevereiro de 1998. Deixou uma herança de mais de 1 milhão de imagens únicas, inesquecíveis, maravilhosas e que deram vida a um sonho criando uma história, a “nossa” história.
Nos anos 80 criou a “Troupe News”, uma das maiores agências fotojornalísticas italianas, juntamente com uma turma de jovens fotógrafos (entre os quais o seu filho Marco), ensinando-lhes, como um grande mestre, a arte da fotografia e criando grandes profissionais reconhecidos agora e em todo o mundo.