Fundamental à boa saúde da mulher, muitas brasileiras ainda ignoram o exame preventivo ginecológico. De acordo com a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira realizada com homens e mulheres entre 15 a 64 anos, divulgada neste mês pelo Ministério da Saúde, 7% das mulheres não fazem o exame de rotina preventivo. A prevenção de câncer de colo de útero é feito por meio de exames como colposcopia e papanicolau. No entanto, muitas delas não têm o hábito de realizar os exames preventivos que poderiam evitar milhares de mortes no país.
O papanicolau deve ser realizado anualmente, a partir do início da atividade sexual. “Quando os resultados se apresentam alterados é recomendado que a paciente se submeta à colposcopia”, explica o especialista em Oncologia pélvica da Oncovida, Dr. Tales Bevilaqua.
A colposcopia é um exame realizado por meio de um aparelho de aumento que permite identificar com precisão o local e a extensão da lesão uterina. Além disso, mostra o local mais adequado para que seja feita a biópsia, orienta o tratamento e define se uma cirurgia deve ou não ser realizada. Já o papanicolau é um exame que antecede a colposcopia. “Ele é indicado para mulheres em idade reprodutiva após um ano da primeira relação sexual. Ele irá detectar lesões pré-malignas que poderão ocasionar câncer de colo de útero”, esclarece o médico.
“É importante que a mulher esteja sempre atenta e consulte um especialista”, alerta o médico. O câncer de colo de útero é assintomático em sua fase inicial. Em seu estágio avançado, a mulher pode apresentar sangramentos, mau cheiro e dor.
Entre os dias 23 e 25 de setembro o Centro de Convenções sediará o 42° Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal. O evento será organizado pela Associação de Ginecologia e Obstetrícia do DF e recebe especialistas do Brasil e do exterior, entre eles os médicos Albert Singer, da Inglaterra e Luiz Cabero Roura, da Espanha. Ginecologia oncológica, doenças sexualmente transmissíveis, climatério, métodos contraceptivos, miomas e medicina fetal são alguns dos destaques no Congresso.