O Amazonas conseguiu reduzir em 43,5% os casos de malária nos primeiros dois meses deste ano em comparação ao mesmo período do exercício anterior. Os dados são do Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica (Sivep) do Ministério da Saúde e mostram queda superior a 9 mil casos em 2009. Entre janeiro e fevereiro de 2008 foram registrados 19.387. Já nos dois primeiros meses deste ano o número chegou a 10.957.
Os resultados foram apresentados na quarta-feira (6), pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), durante a 2ª Reunião de avaliação das ações de controle das doenças transmitidas por vetores, realizada pelo Ministério da Saúde em Manaus. O evento reúne profissionais da área de saúde de toda a Amazônia Legal e discute também as ações de controle da leishmaniose e da doença de Chagas em todos os estado da Amazônia.
Dentre os seis estados da Amazônia Legal que concentram 97% do total de casos do país, o Amazonas foi o que obteve o maior percentual de redução da doença, seguido de Roraima (36%), Amapá (16,3%), Acre (15,3%), Rondônia (13,3%) e Pará (2,6%). Em toda a Amazônia foram registrados 40.551 casos da doença nos dois primeiros meses deste ano, contra 52.170 casos no mesmo período do ano passado, uma redução de 22,3%.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Agnaldo Costa, o sucesso na redução de casos de malária no estado é resultado das ações executadas pela FVS, unidade responsável pelo controle das endemias no estado, dentro do Plano Plurianual de Controle da Malária, lançado pelo Governo do Estado em 2007 e cuja meta é reduzir a doença em 70% até 2010, tendo com base o ano de 2006, quando foram registrados 200 mil casos de malária em todo o estado.
As ações do plano estão sendo desenvolvidas simultaneamente em Manaus e em 40 municípios do interior do estado com maior incidência da malária.
Ações
Estratégias inéditas no país foram introduzidas às ações de controle e combate da malária no estado. Entre elas está a utilização de mosquiteiros e telas de proteção impregnados com inseticida, que servem para proteção individual de pessoas que residem em áreas de alto risco. O instrumento já é utilizado em regiões da África com alta incidência de malária.
A inclusão de um novo inseticida para borrifação intradomiciliar também é uma das estratégias adotadas pela FVS. O produto, de fabricação francesa, tem como vantagens o alcance de melhores resultados e a redução de riscos de alergias quando aplicado nas paredes internas das casas, local de pouso dos mosquitos transmissores.
A ampliação da rede de diagnóstico e tratamento na capital e no interior também fez parte das ações do Plano, com a instalação de mais 500 unidades, facilitando o acesso da população ao exame para diagnóstico da doença. Além disso, toda a rede pública de saúde (municipal e estadual) está preparada para oferecer diagnóstico e tratamento da doença.
Nas localidades mais distantes, o teste é feito pelo método de diagnóstico rápido, que dispensa o uso do microscópio e permite resultado imediato. Cinco pólos descentralizados para apoio técnico e logístico foram implantados em Tabatinga, Lábrea, Eirunepé, Parintins e Tefé.
Fonte: Da redação do Portal Amazônia, com informaçãoes da assessoria – AL