O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) saudou em Plenário os cem anos do início da Comissão Rondon, liderada pelo então major e sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon, que construiu linhas telegráficas ligando Goiás ao noroeste de Mato Grosso e a vilas das regiões dos Rios Guaporé e Madeira, hoje transformadas em municípios do estado de Rondônia. Em 1956, o então território federal do Guaporé passou a se chamar território de Rondônia em sua homenagem.
Raupp destacou o caráter desbravador e pacifista de Rondon, por seu respeito às dezenas de tribos que encontrou no interior do país. Cândido Rondon, um matogrossense de origem indígena, homenageado já na velhice pelo Congresso com o título de marechal, também participou dos movimentos abolicionista e republicano, lembrou Valdir Raupp. Um dos seus primeiros trabalhos foi liderar os grupos que construíram a linha telegráfica que ligou Goiás a Mato Grosso.
– Ele foi um brasileiro destemido, pacificador, que ajudou a consolidar o Estado brasileiro – disse o senador.
Raupp salientou que Rondon, que era bacharel em Ciências Físicas e Naturais pela Escola Superior de Guerra, não foi apenas construtor de linhas telegráficas, mas também trabalhou no mapeamento de regiões.
O senador lembrou ainda que, no início do século passado, Rondon dirigiu a construção da linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, ligando o Brasil com áreas das fronteiras com o Paraguai e a Bolívia. Por sua política pacifista com os indígenas, Rondon foi indicado em 1957 ao Prêmio Nobel da Paz pela instituição norte-americana The Explorers Club.
Da Redação / Agência Senado