Mais de 7 milhões de mortes por ano. O número assusta, mas esses são os dados da Organização Mundial da Saúde ao revelar que, cada vez mais, as doenças do coração ceifam vidas, constituindo-se a primeira causa de óbitos no planeta. E a perspectiva é crescente: estima-se que até 2030 as doenças cardiovasculares terão feito mais de 147 milhões de vítimas fatais. “Já passou da hora de repensarmos o estilo de vida”, afirma o cardiologista Maurício Beze, da Clínica Cardios Vita, em Brasília.
De acordo com o especialista, muitas são as alternativas para quem quer viver muito e bem. Além de opções acertadas – como manter-se dentro do peso saudável, praticar atividade física regularmente e não fumar – a medicina reserva um importante aliado. “Trata-se da avaliação preventiva realizada em visita regular ao cardiologista. Na consulta, o médico verifica, através da anamnese e de exames complementares, eventuais alterações assintomáticas e riscos futuros”, afirma Dr. Beze.
QUAL É O RISCO – Entre os exames não-invasivos, realizados em âmbito ambulatorial, destaca-se o doppler de carótidas. Feito por meio de ultra-sonografia das artérias que ligam o coração ao cérebro, o exame funciona com um transdutor de ultra som sobre as carótidas, situada na região anterior do pescoço, que permite a visualização do fluxo dos vasos sanguíneos. “O procedimento leva em média 15 minutos e é uma ferramenta muito útil para avaliar a presença de ‘placas de gordura’ e obstrução nas artérias. É considerado um marcador de arterioesclerose e de risco cardiovascular”, diz o médico.
Já o ecocardiograma faz uma avaliação anatômica e funcional do coração. Traz informações como tamanho, espessura, volume e contratilidade cardíaca. Funciona com um transdutor de ultra-som que, colocado no tórax, permite avaliar doenças congênitas, a estrutura das válvulas do coração e problemas coronarianos. É também um exame rápido: dura em média 20 minutos.
ANTES DE SUAR – Aos que teimam em fazer exercícios por conta própria, eis o alerta: a prática incorreta pode colocar em risco a estrutura corporal e comprometer o coração. O indicado, além da supervisão de um especialista, é a realização do teste de esforço físico. O teste ergométrico, feito na esteira, permite o monitoramento da frequência cardíaca, avaliação do condicionamento físico, triagem para avaliação de doenças cardíacas e coronárias, além de eficácia terapêutica e detecção de riscos futuros.
SINAIS – Tornozelos inchados, aumento de peso por retenção de líquidos, palpitações e ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, podem ser sintomas de que o coração não vai bem. Nesse caso, é indicada a avaliação por um especialista.