O que as empresas devem fazer em caso de Pandemia?
O mundo já viu pandemias matarem milhões de pessoas, como a da Gripe Asiática (1957-1958), a Gripe Espanhola (1918-1919), a mais próxima detectada foi nos anos de 1968-1969, a Gripe de Hong Kong.
No México, onde este surto de gripe “suína” começou, o governo já confirmou mortes pelo vírus e 1.600 casos suspeitos. Nos Estados Unidos até agora foram confirmados 40 casos desta gripe e há casos isolados na Nova Zelândia, Escócia e outros países.
Aqui no Brasil, até agora temos apenas poucos casos suspeitos e alguns já descartados da hipótese de ser gripe “suína”. O Ministério da Saúde diz que o Brasil tem um plano para enfrentar uma pandemia do vírus H1N1. A OMS (Organização Mundial de Saúde) se diz preparada com medidas de retenção para combatê-la. E as empresas? Como elas podem se preparar para uma possível pandemia?
É recomendável discutir o potencial impacto da pandemia sobre as finanças da empresa e avaliar criteriosamente fornecedores, parceiros de negócios e prestadores de serviço com relação aos seus planos de contingência. Ainda, é imprescindível constituir um plano de emergência e testá-lo, além de rever o Plano de Resposta a Incidentes e o Plano de Continuidade de Negócios, periodicamente.
Quanto aos efeitos de uma eventual pandemia de gripe nos empregados e clientes, é importante prever seu impacto nos Recursos Humanos na empresa para evitar a falta de funcionários.
As empresas devem aplicar imediatamente medidas que diminuam a transmissão da infecção. Por isso, é preciso alterar a frequência e a forma de contato entre os funcionários e os clientes da empresa, evitando reuniões presenciais e postos de trabalho compartilhados, dando preferência para a comunicação por e-mail, internet e via vídeoconferência.
Mas, e se a transmissão já ocorreu e o colaborador infectado é peça-chave de um processo crítico e é o único detentor do conhecimento de determinado processo? Para não deixar que situações como essa ocorram, é fundamental a rotatividade de tarefas e a distribuição de conhecimento entre várias pessoas de uma mesma equipe e formação de grupos diferentes.
As empresas devem possuir uma equipe preparada, com médico, enfermeiros, pessoal de RH para efetuar comunicação corporativa, equipe preparada para dar informação e educação sobre o vírus, formas de contaminação, mantendo o colaborador sempre atualizado.
É válido também tornar disponíveis equipamentos para reduzir a transmissão da infecção, como produtos para lavar as mãos e máscaras cirúrgicas para trabalhadores e clientes que tenham sintomas respiratórios dentro das instalações. Uma empresa não pode parar e, para isso, tem que dar foco na proteção aos seus funcionários, principal capital de uma organização.
A área de Tecnologia da Informação também tem sua importância neste momento. Isso porque pode haver a necessidade de funcionários trabalharem em suas residências (home office). Dessa forma, a infraestrutura tecnológica deve estar pronta e disponível para uso imediato.
Bruno Nunes de Oliveira, consultor da Sion People Center.
Fonte News Free