A Defesa Civil de Rio Branco espera concluir até amanhã (17) o levantamento sobre as perdas e prejuízos causados pelas inundações dos últimos dias na capital acreana. Um ginásio esportivo, uma escola municipal e um parque de exposições estão sendo utilizados como abrigos públicos para atender as 386 famílias que ficaram desabrigadas.
Além disso, por motivo de segurança, 332 famílias foram removidas de suas casas e recebidos em casas de amigos e parentes, informou a Defesa Civil. Os bairros mais atingidos são os que ficam próximos ao Rio Acre, perto do centro da cidade. Pelo menos 1,5 mil pessoas foram diretamente atingidas pela cheia.
Cerca de 200 homens, entre representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Exército e da Prefeitura, estão envolvidos nas operações de ajuda às vítimas da cheia.
De acordo com a Defesa Civil do estado, a prioridade neste momento é o acolhimento das famílias desabrigadas. Três refeições diárias, medicamentos e artigos de higiene pessoal, além de local para dormir são as principais providências para os desabrigados. A desinfecção dos locais alagados e a prevenção de doenças comuns às alagações, como a leptospirose, também preocupam a Defesa Civil.
Segundo o chefe da Divisão da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil, capitão George Santos, dez bairros foram atingidos pela cheia do Rio Acre. A inundação teve início no dia 7 deste mês.
Em todo estado, a maior cheia já registrada foi a de 1997, quando o nível do Rio Acre atingiu 17,66 metros. As medições são realizadas desde 1971. Hoje (16), o nível registrado foi de 15,22 metros.
Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil