Fomentar a pesquisa e o aproveitamento de recursos minerais e hídricos no
Brasil. Com essa missão, nasceu em 15 de agosto de 1969 a Companhia de
Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), hoje conhecida como Serviço
Geológico do Brasil, que em sua atuação em Rondônia, desde 1972, se mescla
com a história do estado.
Em terras rondonienses, o órgão foi o responsável pelo primeiro projeto
que indicava a existência de ouro no rio Madeira; também deu suporte
topográfico no ato de criação de dezenas de municípios ao longo da BR 364;
participou da implantação do porto de Porto Velho; fez os primeiros
estudos de geologia básica que detectaram jazidas de cassiterita e
calcário no estado, entre outras realizações. Trabalhos que além de
revelar as riquezas da terra, deram subsídios ao desenvolvimento econômico
do estado e do homem rondoniense. “Detectar o potencial e viabilizar a
extração de calcário, por exemplo, foi fato de extrema relevância para o
desenvolvimento da agricultura, que necessita do material para correção do
solo”, exemplifica Luiz Gilberto Dall’ Igna, coordenador executivo em
Porto Velho.
Mas a relevância do órgão para Rondônia não ficou no passado. Hoje com
cerca de 60 colaboradores, a CPRM de Porto Velho acompanha o momento de
desenvolvimento de Rondônia, tendo selado acordo técnico com o consórcio
Santo Antônio Energia, que constrói hidrelétrica no rio Madeira, para
cadastro de garimpeiros e manejo dos recursos minerais do local de
construção da barragem. Além disso, está desenvolvendo estudos para
mapeamento de recursos minerais de uso imediato na construção civil.
Materiais básicos e vitais para que não frear o crescimento do setor da
construção, em pleno desenvolvimento no estado.
Para ampliar suas ações e contribuir cada vez mais com a população do
estado, a CPRM mantém colaboração com órgãos como Sipam, Sedam, Funasa,
ANA, universidades, entre outros.
Cuidado com a água e o planejamento urbano
Responsável também pelo Acre e parte do Mato Grosso, a Residência local do
Serviço Geológico do Brasil mantém diversas parcerias com órgãos públicos
e privados para auxílio no planejamento urbano e no cuidado com os
recursos hídricos, ou seja, com as águas dos rios e também as
subterrâneas. A CPRM monitora diariamente índices de chuva, nível dos rios
e qualidade das águas em 53 estações. Além disso, municípios como
Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Pimenta Bueno e Rio Branco tiveram apoio
para instalação de aterros sanitários para que não se contaminasse o solo.
“Hoje é preciso planejar para não se continuar sofrendo com o mau uso de
nossos recursos, que já traz falta de água para a Amazônia”, revela Homero
Reis Júnior, gerente de hidrologia.
Como um órgão voltado para a produção de conhecimento, a CPRM se preocupa
com a divulgação de tudo o que produz e mantém a maior biblioteca de
geociência da região, aberta todos os dias ao público, além de
disponibilizar seus estudos pela internet. “Trabalhamos com a informação e
estamos dispostos a repassá-la sempre a quem dela necessitar”, conclui
Helena da Costa Bezerra, chefe da Residência de Porto Velho.
Para comemorar o aniversário estão previstas diversas atividades como
palestras, visitas e assinaturas de contratos, até o final de 2009.