Insolação é o primeiro filme que os parceiros Felipe Hirsch e Daniela Thomas realizam juntos, após 9 anos criando espetáculos premiados nos palcos brasileiros. (Seu último projeto, a peça “Viver Sem Tempos Mortos”, com Fernanda Montenegro – que estréia agora no Rio de Janeiro – já tem 2 indicações para o Prêmio Shell).
Insolação conta histórias de desertos amorosos. “Amor e Perdas. Perdas, principalmente”, na fala de uma das personagens. O filme estrelado pelo atores Paulo José, Simone Spoladore, Leonardo Medeiros, Maria Luisa Mendonça, Leandra Leal, entre outros, foi selecionado para a Mostra Orizzonti, do 66º Venice International Film Festival, que acontece de 02 a 12 de setembro.
Segundo os diretores Felipe Hirsch e Daniela Thomas, “a idéia era filmar a melancolia do amor inalcançável. Como se esse sentimento pudesse se materializar em paisagem, em palavra, em ação. Como se pudesse existir independente do tempo e do espaço e ainda assim, ser reconhecível.”
Insolação é um filme sobre o amor e outras utopias. Não a utopia projetada no futuro. Mas aquela que já falhou. Como a da cidade planejada, solitária, de arquitetura parada, esparsa. E como a de paixões imensas e irrealizáveis.
Numa cidade vazia, castigada pelo sol, jovens e velhos confundem a sensação febril da insolação com o início delicado da paixão. Como espectros, eles vagam entre construções e descampados em busca do amor inalcançável. Livrementeinspirado em contos russos do século XIX, as histórias se entrelaçam e se desembaraçam na improvável cidade de Brasília, filmada em todo o esplendor de sua utopia modernista.
Para o diretor Felipe Hirsch, Insolação é fruto de assuntos muito sensíveis, lapidados durante cinco anos nessa parceria com a diretora Daniela Thomas. “A sensação é de felicidade e gratidão pela acolhida que o projeto teve em Veneza.”
Para Daniela Thomas o projeto foi um exercício de grande liberdade criativa e de exploração de linguagem vindas de anos de convívio na criação em teatro. “O estado febril que move as personagens parece que nos contagiou. É um filme feito apaixonadamente por apaixonados por cinema.”
Brasil, 93 MINUTOS,
ELENCO: Paulo José, Antonio Medeiros, Simone Spoladore, Leonardo Medeiros, André Frateschi, Maria Luisa Mendonça, Leandra Leal, Jorge Emil, Daniela Piepszyk, Emilio di Biasi.
DIRETORES: Felipe Hirsch e Daniela Thomas.
ROTEIRISTAS: Will Eno e Sam Lipsyte.
PRODUTORES: Sara Silveira, Beto Amaral, Pedro Igor Alcântara, Maria Ionescu.
DIRETOR DE ARTE: Valdy Lopes
DIRETOR DE FOTOGRAFIA: Mauro Pinheiro Jr.
TRILHA SONORA ORIGINAL: Arthur de Faria
MONTAGEM: Livia Serpa
UMA PRODUÇÃO: Nós Outros Produções e Dezenove Som e Imagem
Sobre Felipe Hirsch
Felipe Hirsch fundou com Guilherme Weber, em 1993, a Sutil Companhia de Teatro, que coleciona mais de 100 prêmios e indicações nos quinze anos de existência. Em 2003 fundou a TAO Produções, responsável pelas produções da companhia. Hirsch é colaborador da Revista Bravo, da Revista Trip e do Jornal O Globo. Nos próximos dois anos, Felipe Hirsch e a Sutil Companhia trabalham em umaTour de Repertório no Brasil e na Europa, enquanto criam e desenvolvem novos espetáculos. Hirsch dá continuidade também a umasequência de trabalhos com a atriz Fernanda Montenegro e com o ator Marco Nanini, além de participar da curadoria de importantes eventos culturais no país.
Sobre Daniela Thomas
Daniela Thomas trabalha há mais de 25 anos como cenógrafa em teatro e ópera. É também cineasta e roteirista. Escreveu e co-dirigiu com Walter Salles Terra Estrangeira (1995), O Primeiro Dia (1998), um dos episódios do longa-metragem Paris, Te Amo (2006) e o longa Linha de Passe (2008). No teatro, desenhou cenários e figurinos para centenas de produções no Brasil e no mundo. Por sua obra, recebeu inúmeros prêmios, entre eles a Triga de Ouro na Quadrienal de Praga, considerado o maior prêmio da área de cenografia. Há 9 anos cria os cenários dos espetáculos da SUTIL, dirigidos por Felipe Hirsch.