Novos dados do estudo RESTORE1, apresentado no Congresso Anual 2009 da Academia Européia de Dermatologia e Venereologia (EADV), em Berlim, Alemanha, mostram que os sintomas da psoríase moderada a grave e a qualidade de vida dos pacientes melhoram com o tratamento de infliximabe.O estudo multicêntrico internacional fase 3 incluiu 868 pacientes adultos que sofriam de psoríase há pelo menos seis meses. Os resultados revelaram que o uso de infliximabe no tratamento da psoríase moderada a grave mostrou superioridade precoce e sustentada em relação ao metotrexato, um dos tratamentos convencionais da doença. No grupo de pacientes tratados com infliximabe, 78% alcançaram pelo menos 75% da redução da psoríase na semana 16, em comparação com 42% dos pacientes tratados com metotrexato. Além disso, 51% dos pacientes tratados com infliximabe tiveram uma redução de 90% da doença em comparação com 15% do grupo do metotrexato.
Pacientes com resposta insuficiente na semana 16 tiveram seu tratamento alterado. Um por cento dos pacientes tratados com infliximabe mudaram para metotrexato e destes, 11% obtiveram uma resposta de 75% na redução da doença. Vinte e nove por cento dos pacientes que receberam metotrexato passaram a receber infliximabe, e depois disso, 73% alcançaram 75% de diminuição da psoríase.
“Este estudo mostra o impacto significativamente positivo de infliximabe na qualidade de vida dos pacientes”, disse Kristian Reich, Professor do Departamento de Dermatologia da Georg-August-University, de Hamburgo, investigador do estudo.
Outros resultados do estudo mostram também que o tratamento com infliximabe resultou em melhora significativa da qualidade de vida dos pacientes, em comparação com indivíduos tratados com metotrexato. Os pacientes do grupo do infliximabe apresentaram uma maior redução na pontuação do Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI), um questionário de 10 itens que avalia o impacto da psoríase sobre a qualidade de vida e o ônus da doença para o paciente.
Sobre a Psoríase
A psoríase é uma doença crônica da pele, autoimune e inflamatória, caracterizada por manchas ou placas vermelhas escamosas que podem coçar e sangrar. As principais áreas afetadas pela doença são: joelhos, cotovelos, couro cabeludo e dorso. Em outros casos, as lesões podem se espalhar por toda a pele, afetando também as unhas e, raramente, as articulações, ocasionando a artrite psoriásica.
A psoríase pode ter um impacto expressivo sobre a qualidade de vida da pessoa. A coceira, vermelhidão, ferida e descamação, podem causar desconforto físico e psicológico extremo e resultar em depressão grave. A doença afeta entre 1 a 3 % da população geral e atinge indistintamente homens e mulheres, sendo mais frequente na raça branca.