O Dia Mundial de Combate à Homofobia foi lembrado neste fim de semana com diversos eventos.
De acordo com o coordenador do grupo Arco-Íris de Cidadania Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), Júlio Moreira, o objetivo é ampliar as discussões sobre os ataques praticados contra essa parcela da população e chamar a atenção da sociedade para números, que ele considera alarmantes.
Segundo Moreira, um estudo realizado pelo movimento gay da Bahia aponta que o Rio de Janeiro é o terceiro estado onde mais se matam homossexuais no país. O coordenador citou, ainda, uma pesquisa divulgada na última quinta-feira (14) pela Fundação Perseu Abramo, que revela um índice de quase metade dos brasileiros (45%) com preconceito médio ou alto assumido contra gays, lésbicas, travestis ou transexuais. Os dados também indicam que 25% das pessoas se classificam como homofóbicos, ou seja, aqueles que têm ódio ou não toleram homossexuais.
Também como parte das comemorações, está prevista para esta segunda-feira (18) a instalação e posse do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, no Palácio Guanabara, com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O Conselho será composto por 40 membros, sendo 60% da sociedade civil e 40% do poder público, e terá como missão elaborar, propor, fiscalizar, acompanhar, monitorar e avaliar políticas públicas específicas para essa parcela da população no estado.
O Dia Mundial de Combate à Homofobia foi estabelecido internacionalmente porque, em 17 de maio de 1990, a assembléia geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a retirada do homossexualismo da Classificação Internacional de Doenças (CID), declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor em 1993.
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil