O senador Expedito Junior (PR-RO), em discurso nesta terça-feira (19), cobrou que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, cumpra compromisso assumido em audiência pública no Senado, em 2008, e não permita a remoção das famílias que ocupam há 15 anos a Floresta Nacional do Bom Futuro (Flona), em Rondônia.
Segundo o parlamentar, na ocasião o ministro teria dito que “foi um absurdo e um erro cometido no passado quando se permitiu que as famílias adentrassem a floresta, mas será um erro maior ainda tirar essas seis mil famílias da reserva”. Apesar da promessa, há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2005 que prevê a retirada dessas famílias.
Para Expedito Junior, os culpados pelo problema não são os moradores que invadiram a floresta, mas sim o governo federal, que não fiscalizou adequadamente a reserva e permitiu seu crescimento. Ele defendeu uma saída negociada e pediu mais tempo para se encontrar uma solução adequada que proteja a população. O senador também registrou a proposta feita pelo governador, Ivo Cassol, de oferecer outra área de preservação estadual ao governo federal em troca da permanência dos moradores na Flona.
O parlamentar lembrou a construção da Usina de Jirau, no Rio Madeira, criticando o fato de que para a construção de uma usina é permitido invadir uma reserva ambiental, não ocorrendo o mesmo quando se trata de resolver um problema social envolvendo mais de 10 mil pessoas.
Expedito Júnior elogiou a visita dos deputados Wandenkolk Gonçalves e Giovani Queiroz à região para a realização de audiência pública da subcomissão especial da Câmara para intermediar os conflitos agrários no país.
Da Redação / Agência Senado