O senador Expedito Junior (PR-RO) pediu, nesta quarta-feira (8) que o Senado Federal atue para que a morte do senador Olavo Pires não fique impune. Olavo Pires foi assassinado no dia 16 de outubro de 1990, em pleno exercício de seu mandato, quando disputava o segundo turno das eleições para o governo de Rondônia. Expedito Junior lembrou terem sido indiciadas pela polícia de Rondônia duas pessoas que estariam envolvidas com o crime. Um deles identificado como João Ferreira e o outro conhecido como Perneta. Segundo Expedito Junior, os dois teriam assumido o assassinato em entrevistas divulgadas por diversas emissoras de televisão.
– Esse processo perdura por quase vinte anos e poderia prescrever no próximo ano – disse Expedito Junior. – Causa-me estranheza que durante todo esse tempo em que o processo esteve a cargo da Polícia Federal ela não tenha encontrado nenhum indício que permitisse o indiciamento desses cidadãos.
O senador lembrou que João Ferreira e Perneta chegaram a prestar depoimento a uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional, sem que também fossem encontradas provas de seu envolvimento na morte de Olavo Pires. Expedito Junior afirmou que para o estado de Rondônia, para o país e para o Senado, esse crime precisa ser esclarecido.
– Eu quero fazer um apelo ao Senado – disse Expedito Junior. – Temos que ir fundo e buscar todas as informações sobre este caso. Eu tenho certeza que chegaremos não só a quem matou Olavo Pires, mas também a quem mandou matá-lo.
O senador Romeu Tuma (PTB-SP), corregedor do Senado, na presidência dos trabalhos na ocasião do pronunciamento, garantiu que está acompanhando o caso de perto. Tuma disse que, na próxima semana, fará contato com as autoridades encarregadas da investigação para tentar marcar a realização de uma acareação entre os dois acusados.
– Temos que correr, não só para que o fato não fique impune, mas para que não tenhamos a impunidade pela prescrição do crime – disse Romeu Tuma.
Da Redação / Agência Senado