A Fenatema esteve na sede da FIESP, acompanhando o seminário “Cobrança indevida nas contas de energia elétrica: como ficam os consumidores?”. As discussões giraram em torno das distorções no reajuste tarifário, que provocaram perdas de aproximadamente R$ 7 bilhões para o consumidor, desde 2002.
Dentre os presentes, estava o presidente da CPI das Tarifas de Energia Elétrica, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que declarou que os diretores da Aneel favorecem as concessionárias do sistema e que os lucros das empresas com os aumentos indevidos nos preços cobrados, chegam a soma de R$ 11 bilhões.
O presidente da Fenatema, Eduardo Annunciato, “Chicão”, afirma que se não fosse detectada a falha, o prejuízo ficaria mais uma vez no bolso do povo. “Este modelo, que alimenta a existência de agências controladoras, foi gerado com um único intuito: garantir as privatizações dos diversos setores, como energia e telecomunicações, entre outros. Mas está falido”.
Segundo o sindicalista, na hora de cobrar os consumidores, tudo é feito da maneira muito rápida, no entanto, na hora de corrigir um erro, tudo fica mais demorado. “No momento da cobrança das tarifas para o consumidor, não se pode duvidar da eficiência dos empresários, mas, na hora de admitir o erro e retornar os valores, tudo é feito aos poucos, por etapas, para não impactar os seus lucros”.
A Agência Nacional de Energia (Aneel) afirmou que em 2010 as contas de luz já serão cobradas com as correções do mercado. No entanto, não se posicionou sobre o ressarcimento dos consumidores, em decorrência aos anos anteriores.