Padronizar o processo de extração do óleo de andiroba em comunidades indígenas para aumentar a quantidade e a qualidade do produto. Esse é o principal objetivo de um projeto apresentado nesta terça-feira (23) pela Coordenação de Pesquisas em Tecnologias de Alimentos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).
Desenvolvido desde 2005 pela pesquisadora do Instituto, Noemia Kazue Ishikawa, o trabalho faz parte do Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Políticas Públicas em áreas Estratégicas (Ppope), entidade responsável por incentivar atividades de pesquisa.
Para Ishikawa, a proposta surgiu de uma demanda trazida pelos povos indígenas habitantes da região do Alto Solimões, local onde a atividade comercial de andiroba acontecia de modo artesanal e não planejada, o que resultava em baixo rendimentos financeiros para as comunidades.
O projeto foi desenvolvido nas comunidades de Belém do Solimões, Santa Clara e Santa Rosa, tendo por base três propostas fundamentais – o desenvolvimento de material didático bilíngue Tikuna/ Português, a formação de multiplicadores de óleo de andiroba, e a construção das casas de andiroba (local onde é realizado o processo de extração do óleo).
Participantes
A apresentação contou com a presença do vice-diretor do Inpa, Wanderli Pedro Tadei e da diretora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Elizabete Brocki.
Participaram também a representante da Fundação Estadual dos Povos Indígenas (Fepi), Chris Lopes, o deputado estadual Luiz Castro, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado, além de representantes das comunidades indígenas que fazem parte do projeto.
Segundo Luiz Castro, a iniciativa é um referencial histórico de um trabalho de síntese entre o conhecimento científico e o conhecimento popular. “O que se tem aqui é o aprimoramento do que eles já desenvolviam, agora com viabilidade econômica”, ressaltou.
Com informações do INPA