Diferentemente do que foi noticiado esta semana por parte da imprensa ji-paranaense, o número de casos de hanseníase no município não aumentou. Na verdade, os 126 casos da doença registrados em Ji-Paraná de janeiro para cá estão dentro da média dos últimos cinco anos. A média anual de 167 casos está dentro do índice de infestação considerado normal pelo Ministério da Saúde, que admite a proporção de 1 caso para cada 10 mil habitantes.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Adolpho Rhol, referência no diagnóstico, acompanhamento e tratamento da hanseníase, registrou 126 casos da doença em Ji-Paraná de janeiro a agosto. Destes, dois são de pessoas residentes em Alvorada do Oeste e Cacoal e um residente em Rondolândia, Mato Grosso. Pela projeção, até o fim deste ano o número de casos confirmados da doença no município pode chegar até a 180, índice menor do que foi registrado, por exemplo, em 2006 (195 casos confirmados).
Somando todos os casos de hanseníase registrados em Ji-Paraná de 2004 a 2008 chega-se a uma média de 167 casos/ano, ou seja, 41 casos a mais do que foi registrado até o momento, e isto sem levar em conta o aumento considerável da população nos últimos cinco anos, o que, segundo critérios do Ministério da Saúde, aumenta a tolerância ao número de casos confirmados.
Segundo o diretor da UBS Adolpho Rhol, Áureo Guimarães, o fato de o índice de infestação da doença se manter na média dos últimos cinco anos se deve ao trabalho que vem sendo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) na conscientização da população através de campanhas educativas, palestras e distribuição de material explicativo em escolas e nos bairros periféricos.