O Idec, em parceria com as ongs Vitae Civilis e Repórter Brasil, enviou carta ao Governo Federal e outros cinco ministérios solicitando a criação de um sistema de rastreabilidade da carne para informar o consumidor sobre a origem do produto.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com as organizações não governamentais Vitae Civilis e Repórter Brasil, encaminhou ontem (25/06) ao Governo Federal e outros cinco ministérios uma carta solicitando a criação de um sistema de rastreabilidade da carne bovina público e gratuito, além da obrigatoriedade da etiquetagem dos produtos trazendo informações sobre a propriedade rural e o município onde a mercadoria foi produzida.
O objetivo do pedido é garantir uma maneira do consumidor obter informações sobre a origem do produto consumido e assim poder evitar a compra de mercadorias oriundas de crimes ambientais, fundiários e trabalhistas, colaborando para diminuição das mudanças climáticas. Isso porque a criação do gado é o principal motivo do desmatamento – fator determinante nas conseqüências ambientais.
Para a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux, “o consumidor precisa ser ainda muito mais informado e educado sobre as implicações negativas contidas em cada ato de compra de produto. Por outro lado, muitos já têm a consciência de que podem, através de seu consumo, punir ou premiar organizações de acordo com o grau de responsabilidade social e ambiental que tem. È preciso, então, fazermos algo para que todos tenham essa noção”.
Adriana conclui que “a responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável é de todos. Entretanto, cabe ao governo um papel determinante no processo de conscientização e cobrança, já que é do Estado o papel de regular as atividades e fazer as empresas cumprirem suas obrigações”.
Além do Governo Federal, a carta foi enviada para a Casa Civil da Presidência da República; para o Ministério da Fazenda; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A íntegra do documento pode ser encontrado no site do Idec, www.idec.org.br.