O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou, em março, variação de 0,94%. O resultado, que ficou 0,62 ponto percentual acima do registrado em fevereiro (0,32%), foi pressionado pelos reajustes salariais verificados nos estados da Paraíba, da Bahia e do Rio de Janeiro.
De acordo com dados divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice também superou o apurado no mesmo período de 2008, quando foi registrada taxa de 0,84%. No ano, o indicador acumula alta de 1,66% e nos últimos 12 meses encerrados em março, de 11,67%.
Segundo o levantamento, o custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 681,58, em fevereiro, para R$ 688,00, em março. Desse total, R$ 402,52 se referem a gastos com materiais e R$ 285,48, com mão-de-obra.
O estudo revela, ainda, que a parcela dos materiais avançou 0,71%, ante elevação de 0,49% em fevereiro. Com o resultado, esse índice interrompeu uma trajetória de desaceleração verificada desde outubro do ano passado. A mão-de-obra também apresentou forte aceleração, fechando março com variação de 1,28%, em função dos reajustes salariais, depois de ter ficado praticamente estável, com leve alta de 0,08% no mês anterior.
A região com maior elevação foi a Nordeste (1,72%), única com taxa acima da média nacional. As demais taxas regionais foram: Sudeste (0,93%), Norte (0,46%), Centro-Oeste (0,39%) e Sul (0,25%).
O documento do IBGE destaca que a Região Nordeste apresentou o maior índice acumulado do ano, com alta de 2,57%. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses encerrados em março registrou o maior avanço na Região Norte (13,24%). Por outro lado, o menor índice acumulado no ano foi observado no Sul (0,93%) e o mais baixo nos últimos 12 meses, no Sudeste (11,28%).
Os custos regionais apontaram os seguintes valores, por metro quadrado: R$ 728,08, no Sudeste; R$ 684,11, no Norte; R$ 673,28, no Sul; R$ 652,90, no Centro-Oeste e R$ 649,23, no Nordeste.
Entre os estados, a Paraíba (4,93%), o Rio de Janeiro (4,10%) e a Bahia (3,63%) foram os que apresentaram as maiores altas no mês. A Paraíba foi responsável também pela maior taxa acumulada no ano (5,69%), enquanto o Acre registrou o maior índice acumulado nos últimos 12 meses (15,62%).
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil