Quem é portador de GPAF, ressalta, só percebe a alteração ocular em crises agudas cujos sinais são:
· Dor intensa no globo ocular e região periocular
· Diminuição acentuada da acuidade visual
· Halos coloridos ao redor das lâmpadas
· Náuseas e vômitos.
O especialista explica que esta crise é marcada pela elevação acentuada da pressão intra-ocular, perda súbita da visão, morte de células do cristalino que facilitam a formação de opacidades subcapsulares, escavação do disco óptico, congestão venosa e hemorragia que reduzem permanentemente a acuidade visual. Trata-se de uma emergência médica e o tratamento clínico imediato é feito com colírios que induzem à constrição pupilar, betabloqueadores para diminuir a produção do humor aquoso, e corticóide tópico que reduz a reação inflamatória aguda.
Além dos inibidores de apetite, comenta, medicamentos utilizados no tratamento de gripes e resfriados que contêm atropina, também podem induzir a crises agudas do glaucoma de ângulo fechado. Por isso, o FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos dos EUA, exige que toda medicação que induza à dilatação da pupila contenha uma advertência na embalagem. O risco de complicações só existe entre pessoas com ângulo estreito da câmara ocular que não recebem tratamento adequado. O brasileiro, comenta, ainda acredita que o consumo de medicamentos é o caminho mais fácil para ter boa saúde, mas em muitos casos pode significar o surgimento de doenças que comprometem a qualidade de vida.