Empresas inovadoras de base tecnológica que tenham até dois anos e estejam formalmente legalizadas têm até a próxima quinta-feira (30) para se inscrever no programa Primeira Empresa Inovadora (Prime). Por meio da iniciativa, lançada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, cerca de 2 mil empreendimentos que se destaquem pelo caráter inovador de seus produtos ou serviços vão receber este ano, cada um, R$ 120 mil em financiamento para impulsionar os negócios.
De acordo com o ministério, a finalidade do programa é criar condições favoráveis para que as empresas estruturem seus planos de negócios e desenvolvam novos produtos e serviços. As novas empresas que forem bem-sucedidas poderão pedir empréstimo, no ano que vem, de R$ 120 mil do Programa Juro Zero. Neste caso, os recursos poderão ser pagos em até 100 parcelas, sem juros.
A seleção dos projetos será feita por 17 empresas incubadoras, que atuarão como agentes repassadores dos recursos disponibilizados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Cada uma delas receberá entre R$ 9 milhões e R$ 14,4 milhões.
No Rio de Janeiro, o programa está sendo operado por três incubadoras, que contam ainda com a parceria do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no estado (Sebrae-RJ) para identificar as empresas com potencial para participar do programa.
Segundo o gerente de Inovação e Acesso à Tecnologia do Sebrae, no Rio, Ricardo Wargas, os recursos vão garantir fôlego importante em um período em que o risco de o negócio fechar é mais elevado, por causa da crise financeira internacional.
“As estatísticas apontam que pequenas empresas têm nos dois primeiros anos as maiores chances de acabar fechando. E isso ocorre, principalmente, por conta de falhas na gestão do empreendimento, no desenvolvimento do plano de negócios. O empresário, em geral, está tão envolvido com o dia-a-dia da empresa, realizando compras, vendas, buscando fornecedores, que acaba não tendo tempo de avaliar com mais cuidado essas questões”, afirmou.
De acordo com Ricardo Wargas, o financiamento vai permitir que os empreendedores tenham maiores possibilidades de “estruturar ações de marketing e de gestão de pessoas mais eficientes, contratar consultores especializados, desenvolver um plano de negócios, capaz de dar rumo mais garantido à atividade”.
“Geralmente essas são questões que o empresário das empresas de base tecnológica deixa em segundo plano. É comum ele ter um bom projeto tecnológico, mas não ter gestão bem definida”, acrescentou.
Outras informações sobre o programa podem ser obtidas no site www.prime120.com.br.
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil