Desde que começou a crise financeira mundial, houve, nas regiões metropolitanas do Brasil, um saldo negativo de quase 167 mil postos formais de trabalho, enquanto nas regiões não-metropolitanas a perda foi de 525 mil empregos de carteira assinada.
O Estado que mais perdeu foi o Amazonas, com contração de 6% dos postos de trabalho; seguido pelo interior de Minas, interior de São Paulo e interior do Pará, com quedas de 5,3%, 5,1% e 5% respectivamente.
Por setores econômicos, agricultura, indústria de calçados, metal-mecânica, de material de transportes e extrativista foram as que mais fecharam postos. Serviços e comércio desaceleraram, mas ainda contratam.
Apenas os mais pobres conseguiram manter seus empregos. A partir de 1,1 salário mínimo, houve redução de vagas em todas as faixas salariais.
Por faixa etária, até 24 anos, houve desaceleração na criação de vagas, mas o saldo de empregos ainda é positivo; a partir dos 25 anos, entretanto, houve fechamento de postos em todas as faixas.
A criação de postos para os mais escolarizados despencou, mas ainda há mais contratações que demissões; já para as faixas do ensino médio incompleto para baixo, houve fechamento de vagas. Os mais afetados foram os que tem escolaridade do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.