Dificuldade em encontrar mão de obra, desperdício de material e insegurança para as costureiras na hora de operar a guilhotina. Ao procurar resolver esses problemas, o técnico em Eletrônica e máquinas de costura, Jorge Fachinelli criou um Kit de Sensores para Acionamento Automático de Guilhotina, que pode ser colocado em qualquer Galoneira, BT e em determinadas máquinas que trabalhem com aviamentos que precisam de cortes com ou sem sobras.
Dono de uma loja de máquinas de costura instalada no bairro paulistano de Vila Carrão, em São Paulo, ele pensou na solução ao ouvir as queixas de seus clientes, proprietários de confecções que buscam investimentos com baixo custo. Um deles é o Kit de Sensores, que pode ser colocado em BTs para elástico, calçadores para zigue-zague, Galoneiras (abertas ou fechadas) e Overloks.
Além de vender, Fachinelli presta assistência técnica de máquinas de costura, representando diversos fabricantes. Há alguns anos ele desenvolveu uma importante habilidade: adaptar dispositivos para atender às necessidades dos clientes.
O kit facilita o trabalho da costureira, que teria de parar a costura para acionar a guilhotina com o dedo ou a perna. O sistema acaba com os erros de corte, evitando o desperdício de aviamentos. Fachinelli explica: “Existem no mercado dispositivos que regulam a área de corte pela contagem de pontos. Mas as peças têm tamanho diferenciado e, assim, a guilhotina é acionada no pano ou fora dele. Levei um ano e meio para criar um sensor com acionamento do corte programado pela sobra, e que não precisasse colocar motor eletrônico”.
Segundo o empresário, além de reduzir o desperdício de aviamentos, o equipamento resolve o problema da falta de arrematadeiras e ajudantes no mercado, uma das principais queixas de seus clientes. Para ele, o público-alvo do produto são as malharias, confecções de jeans, lingerie e linha praia – as que mais utilizam guilhotina.
Orgulhoso do invento, o técnico – que aos 35 anos planeja fazer o curso de Engenharia Mecatrônica para Automação Industrial – esclarece que o sensor se liga à máquina por cabo de fibra óptica: “Ele economiza energia e traz segurança na operação, já que o sistema existente, por infravermelho, é mais sujeito à defeitos. Uma BT Eletrônica com o sensor convencional custa R$ 18 mil, enquanto a mesma máquina com o sistema que criei sai por apenas R$ 9,4 mil, além de economizar em manutenção”, conta. Fachinelli fabrica, vende e instala o kit a um custo entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil, dependendo se a guilhotina é pneumática ou elétrica. Uma guilhotina com o sensor já instalado sai entre R$ 4,3 mil e R$ 6,1 mil.
Fachinelli colocou no Youtube (www.youtube.com/watch?v=r884cbEl8OY) um vídeo demonstrando a rapidez e a facilidade do corte de peças com a sua criação. Também divulga o invento no blog http://flexmaq.blogspot.com.
Serviço:
Os empresários interessados em negociar licenciamento, sociedade ou compra de patente do produto podem entrar em contato com a Associação Nacional dos Inventores pelo telefone (11) 3873-3211.