Mesmo com crise internacional, índice de Gini (que mede a desigualdade) e taxa de pobreza continuam em queda nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). Ao contrário dos períodos de 1982/83, 1989/90 e de 1998/99, quando a inflexão econômica implicava aumento da pobreza nas regiões metropolitanas, não se observa crescimento na taxa de pobreza desde o último trimestre de 2008.
Queda da desigualdade
Segundo o comunicado inédito, o índice de Gini de junho de 2009 alcançou seu menor patamar, em conformidade com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE nas seis principais regiões metropolitanas (RM) do Brasil (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). Quando se compara a média da desigualdade nos períodos de outubro de 2007 a junho de 2008 e de outubro de 2008 a junho de 2009, o índice de Gini apresenta importante queda histórica.
O comunicado apresenta a evolução da desigualdade de renda nas principais regiões metropolitanas; trata da trajetória da pobreza no Brasil metropolitano; considera o comportamento da pobreza para cada uma das seis regiões metropolitanas; e descreve a recente evolução da desigualdade e pobreza metropolitana durante a manifestação da crise internacional no Brasil.
A fonte principal de informação utilizada para elaboração do Comunicado foi a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Como medida de desigualdade o Ipea optou pelo o índice de Gini, que varia de 0 a 1 (sendo maior a desigualdade quanto mais próxima de 1) e a taxa de pobreza, identificada pelo rendimento médio familiar per capita de até meio salário mínimo mensal.