Uma comparação sobre o custo do crédito no Brasil e em outros países demonstra que as taxas brasileiras são bem mais altas do que as cobradas no exterior. Pesquisa divulgada hoje (7) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que o empréstimo para pessoa física no Brasil chega a custar dez vezes mais do que em uma agência européia do mesmo banco.
No caso de pessoa jurídica, o brasileiro tem que pagar quatro vezes pelo empréstimo em relação ao valor cobrado nos Estados Unidos e na chamada Zona do Euro, indica o estudo Transformações na Indústria Bancária Brasileira e o Cenário de Crise.
Apesar das diferenças entre as taxas, o Ipea aponta “avanço” na popularização de serviços bancários no Brasil, por meio operações de correspondentes não-bancários. Em 2008, havia no país 84,3 mil correspondentes bancários em estabelecimentos como padarias, postos lotéricos, farmácias e agências dos Correios.
O estudomostra a evolução da concentração bancária no Brasil desde os anos 90, a divisão dos ativos e dos depósitos entre as 20 maiores instituições no país, a repartição entre bancos públicos, privados e estrangeiros, e a concentração de agências e do crédito no país, por grandes regiões e por estado.
Paula Laboissière Repórter da Agência Brasil