Três jovens garotas, de famílias humildes e vida simples, têm a oportunidade de reescrever a história do judô de Ji-Paraná, Rondônia. Adriele dos Santos, Sheila Gonzaga e Adriana Rocha, aguardam, ansiosamente, pela convocação da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), para disputarem medalhas durante as Olimpíadas Escolares 2009 (Jeb’s), que acontecerá entre os dias 15 e 22 do próximo mês de outubro, em Londrina (PR).
Adriele (17), Sheila (16) e Adriana (16), são integrantes do projeto Sonho Meu, desenvolvido pela Fundação Ji-Cred, em Ji-Paraná, que atende atualmente cerca de 170 crianças de famílias carentes do município. A partir dos oito, até os 17 anos, os jovens podem participar gratuitamente dos cursos oferecidos pela instituição. Atualmente são oferecidas aulas de inglês, informática, música, judô e futebol. As aulas de música são divididas em canto, saxofone, trombone, flauta doce, violoncelo e violino.
As garotas foram classificadas durante os Jogos Estudantis, fase estadual, que aconteceu no município no último mês de agosto. De acordo com o sensei Paraná (Antônio Carlos), elas são muito dedicadas e estão treinando muito para disputar medalhas na categoria de 15 a 17 anos. Como são alunas de escolas estaduais, Tancredo de Almeida Neves e Marcos Bispo, as garotas deverão receber do Governo do Estado todas as condições necessárias para participar desta disputa, em nível nacional, com conforto e segurança.
“Estou treinando judô há três anos. Até iniciar aqui no projeto eu não havia nem escutado falar de judô, agora pretendo seguir em frente e vencer grandes disputas”, explicou Sheila, que treina três vezes por semana.
A Fundação Ji-Cred viabiliza todas as condições necessárias para que esses jovens possam ter uma formação esportiva e sócio-cultural da melhor qualidade. Na área onde funciona o Sonho Meu, são disponibilizadas confortáveis salas de aula, quadra de futebol, refeitório, salas administrativas, banheiros, brinquedoteca, entre outros. Os alunos recebem gratuitamente todo o material necessário, tanto de uso coletivo, como bolas e instrumentos musicais, além dos individuais, como os quimonos. Eles participam dos cursos no horário inverso ao que estão na escola, e durante todo o tempo que estão no projeto recebem também alimentação balanceada, indispensável para a boa formação de todo ser humano.
Além de toda estrutura física, a Fundação oferece profissionais altamente capacitados, nas áreas pedagógicas, de assistência social e psicológica, que dão todo o suporte necessário aos integrantes do projeto. O Sonho Meu é atualmente coordenado por Angélica Haidamus, e tem como assistentes sociais Angélica Costa e Lidiane Tanazildo, além das pedagogas Angelita Farias e Lucinéia Nascimento. A área de psicologia é coordenada por Débora Fernandes, e sete professores ministram os cursos oferecidos.