O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem, ao participar do II Fórum Econômico Brasil-Itália, na sede da Fiesp, em São Paulo, que o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer, em termos anualizados, entre 8% a 10% no terceiro trimestre de 2009.
No segundo trimestre, o País cresceu 1,9% contra primeiro trimestre de 2009, com expansão de 7,8% anualizados. “Com esse resultado, o Brasil já cresce entre 4% e 5% ao ano, confirmando o dinamismo da economia, mesmo durante o período de crise internacional”.
O País deve confirmar as previsões do ministro feitas ainda em maio e junho de que no segundo semestre o PIB teria resultado positivo, apesar da forte queda de 3,6% no último trimestre de 2008 e de 0,8% no primeiro trimestre de 2009. As projeções do mercado para os três primeiros meses deste ano eram de retração de 2% a 3% na comparação igual período de 2008.
Mantega reafirmou em seu discurso na Fiesp a previsão de crescimento de 1% do PIB para 2009. “A taxa ainda é baixa, porém positiva”, enfatizou. O titular da Fazenda também reforçou que a economia brasileira foi uma das últimas a entrar na crise e uma das primeiras a sair em função do forte crescimento que estava registrando antes da turbulência financeira internacional. Ele estima crescimento de 5% em 2010, “iniciando um novo ciclo de crescimento”.
Câmbio – O ministro também comentou sobre a valorização do real frente ao dólar. Referindo-se ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2% sobre capital estrangeiro, explicou que a forte atratividade da economia brasileira levou o País a impor uma “pequena tarifa” para limitar a apreciação cambial e evitar uma bolha na bolsa de valores.
“Nós estamos tendo hoje uma sobrevalorização da moeda brasileira, o que dá uma situação vantajosa para outros países comercializarem com o Brasil”. A avaliação do ministro é que essa vantagem elimina qualquer prejuízo que possa estar sendo causado por tarifas de importação.
Para Mantega, a valorização cambial é fruto de das boas perspectivas econômicas. Lembrou que, segundo o Banco Mundial, o Brasil, que é hoje a nona economia do mundo, deve chegar a 2016 na quinta colocação.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social – GMF