O apresentador do CQC Marco Luque aproveitou um raro momento de folga para fazer uma visita surpresa aos pacientes do HCâncer de Barretos. O comediante conheceu a ala pediátrica e fez muita bagunça com as crianças: brincou, conversou, contou piadas, deu autógrafo e posou para várias fotos. Em um momento de total descontração, as crianças riram com suas mágicas e imitações.
Marco Luque fez um pedido engraçado e inusitado a Henrique Prata, diretor do hospital: colocar seu nome na caixa d”agua da instituição. E ressaltou que vai ser um propagador do projeto, divulgando pelas cidades por onde passar que ficou impressionado com a qualidade do atendimento, dedicação de todos e a forma humanizada de tratar o doente no HCâncer de Barretos.
O objetivo de tratar com dignidade, pacientes de câncer, sem nenhum recurso financeiro, fez com que empresários, artistas e muitas cidades acreditassem na seriedade do projeto e investissem seus recursos nesta fundação.
O desafio de manter essa instituição de portas abertas cresce a cada dia, na medida em que o hospital se torna conhecido em todo território nacional. Mais do que nunca precisamos do apoio financeiro de pessoas e empresas conscientes de suas responsabilidades sociais, para continuarmos nossa missão de salvar Vidas.
Na década de 60, o único hospital especializado para tratamento de câncer situava-se na capital do estado de São Paulo e os pacientes que apareciam no Hospital São Judas de Barretos com a doença, eram, em sua maioria, previdenciários de baixa renda, com alto índice de analfabetismo. Por isso, tinham dificuldades de buscar tratamento na capital, por falta de recursos, receio das grandes cidades, além da imprevisibilidade de vaga para internação.
Em 27 de novembro de 1967, foi instituída a Fundação Pio XII e, conforme memorando 234, de 21 de maio de 1968, assinado pelo Dr. Décio Pacheco Pedroso, diretor do INPS(Instituto nacional de previdência social), passou a atender pacientes portadores de câncer.
Este pequeno Hospital contava com apenas quatro médicos: Dr. Paulo Prata, Dra. Scylla Duarte Prata, Dr. Miguel A. Gonçalves e Dr. Domingos Boldrini. Eles trabalhavam em tempo integral, dedicação exclusiva e caixa único permitindo um tratamento eficiente aos pacientes. Esta filosofia de trabalho promoveu o crescimento da Instituição. Devido à grande demanda de pacientes e o velho hospital não comportar todo crescimento, o Dr. Paulo Prata, idealizador e fundador, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo Hospital que pudesse responder às crescentes necessidades.
No ano de 1989, Henrique Duarte Prata, filho do casal de médicos fundadores do hospital, abraça a idéia do pai e com a ajuda de fazendeiros da cidade e da região constrói a primeira parte do projeto, o pavilhão Antenor Duarte Villela, onde funciona o ambulatório do novo hospital, inaugurado em 6 de dezembro de 1991.
Dando seqüência ao projeto que vem ganhando grandes proporções com a ajuda da comunidade, de artistas, da iniciativa privada e com a participação financeira governamental, outras áreas do hospital estão sendo construídas para atender via SUS, os pacientes com câncer que aqui chegam.
Diante dos serviços prestados aos pacientes de todo o país, o ministério da saúde, reconhece que o Hospital de câncer é o melhor prestador de serviços entre os 6530hospitais públicos e particulares avaliados e confere o premio QUALIDADE HOSPITALAR 2000.
Hoje, o hospital com 150 médicos e mais de 1400 funcionários, atende 1296 municípios dos 27 estados do Brasil com 2400 atendimentos/dia sendo 98% via SUS (não pagam absolutamente nada). Está equipado com os mais sofisticados equipamentos necessários para prevenção, diagnóstico e tratamento, contando com uma equipe medica altamente qualificada e transmultidisciplinar. Para acolher os pacientes que não podem se hospedar em hotel, o hospital mantém 10 alojamentos para adultos com toda infra-estrutura para mais de 600 pessoas e um alojamento especial para crianças. Diariamente 6.000 refeiçõe são servidas além de 2.000 Kg de roupa lavada.
Apesar do déficit mensal em torno de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), o hospital mantém suas portas abertas, graças ao apoio e à solidariedade de inúmeras cidades que se organizam para dar as condições financeiras que a instituição necessita. Salientamos também que artistas, iniciativa privada e mais recentemente a classe política, têm contribuído para que se possa devolver esperança de vida a todos que o procuram.