Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais receberão outros 15 mil em até 48h. Distribuição responde às solicitações dos estados. Ao todo, um milhão de tratamentos será encaminhado aos hospitais referência do país até o fim de setembro
O Ministério da Saúde envia à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul 15 mil tratamentos contra a gripe suina (H1N1) nesta tarde, quarta-feira, dia 22. O estado é o primeiro a receber tratamentos do lote de 50 mil que chegou ontem, dia 21, nos depósitos do governo federal. Os medicamentos serão encaminhados aos 11 hospitais de referência do estado para o atendimento de pacientes com a nova gripe. Também serão enviados insumos, hoje ainda, para o estado da Bahia.
O Ministério já entrou em contato também com Secretarias de Saúde dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que, depois do Sul, somam maior número de casos. Cada um vai receber 5 mil tratamentos em até 48h. “Os tratamentos são encaminhados conforme a necessidade de cada estado”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.
Além dos tratamentos entregues ontem ao MS, uma segunda remessa de 50 mil chegará até o dia 15 de agosto. E outros 750 mil, até o dia 30 de setembro. O Laboratório de Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz – RJ), está produzindo 150 mil tratamentos, que estarão disponíveis para uso a partir do fim do mês. Ao todo, o Ministério distribuirá um milhão de tratamentos aos 68 hospitais referência de todo o país no atendimento da doença.
O Ministério da Saúde investiu, até o momento, mais de R$ 163 milhões na aquisição de matéria-prima, na infraestrutura e em medicamentos – R$ 87 milhões na compra, em 2006, das 9 toneladas de matéria-prima para fabricação do oseltamivir; R$ 60,5 milhões na compra de tratamentos de um laboratório farmacêutico e R$ 15 milhões na compra de respiradores e monitores.
TRATAMENTO – Na distribuição, o governo federal envia os medicamentos para cada estado. A Secretaria Estadual não só indica as unidades de referência para atendimento, como também amplia o número de hospitais para internação. Além disso, outras unidades são indicadas para atender os casos e usar antiviral, não necessariamente fazer internação.
Cada tratamento é composto por 10 comprimidos de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para uma pessoa. Conforme o protocolo do MS – que segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) -, o tratamento é indicado apenas para os pacientes com sintomas graves, fatores de risco e profissionais de saúde que trabalham diretamente com os doentes. A remessa distribuída no país deve superar o número de casos graves.