O Ministério da Saúde fechou parceria com a Polícia Rodoviária Federal para divulgar material informativo sobre o vírus Influenza A (H1N1) nos 170 postos da PRF de seis estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A partir da próxima semana, os panfletos produzidos pelo Ministério serão distribuídos pelos policiais federais durante abordagens de rotina aos veículos parados nos postos das rodovias desses seis estados, inclusive aqueles com grande fluxo de caminhões e ônibus com procedência das fronteiras do MERCOSUL.
Nos pontos de apoio das estradas, como restaurantes e postos de combustível, também serão fixados cartazes e distribuídos panfletos. Essa parceria intensifica o trabalho de esclarecimento e informação realizado pelo Ministério desde 24 de abril, quando a ocorrência da nova gripe foi anunciada pela Organização Mundial de Saúde. Desde então, mais de 5,2 milhões de panfletos, 2 milhões de folders e 500 mil cartazes foram confeccionados para serem distribuídos à população.
REFORÇO – Nos portos e aeroportos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) adotou, na semana passada, novas medidas para reforçar a vigilância em todo o país. Entre elas, está o aumento no alerta em todas as entradas do país para detectar, diagnosticar e encaminhar para tratamento casos de pessoas suspeitas de estarem infectadas pelo vírus.
Além disso, a ANVISA tornou obrigatória a apresentação da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), para monitoramento de todos passageiros que chegam ao país, em portos e aeroportos. O formulário é distribuído dentro do meio de transporte e deve ser apresentado pelos passageiros, inclusive as crianças, cujos pais são responsáveis pelos dados. Foram impressos 500 mil formulários que estão sendo distribuídos nos portos, aeroportos e áreas de fronteiras. O tempo médio de preenchimento do documento é de cinco minutos.
RECOMENDAÇÕES – O Ministério da Saúde, adicionalmente, recomendou que algumas pessoas adiem, se possível, viagens a países onde ocorre transmissão sustentada do vírus. Nessa lista, estão dois países vizinhos, Argentina e Chile. A recomendação vale para idosos acima de 60 anos; crianças menores de dois anos; gestantes; e pessoas com deficiência imunológica (pacientes de câncer e aids, por exemplo) e doenças cardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas (diabetes, por exemplo), seja para viagens aéreas, terrestres ou marítimas.
Essas pessoas têm maior risco de desenvolver as formas graves da doença. Por isso, o Ministério da Saúde reitera que esta é uma medida de proteção a estes grupos mais vulneráveis e não tem caráter restritivo ou proibitivo ao comércio entre os países ou trânsito internacional de pessoas. Os outros países com transmissão sustentada do vírus são Estados Unidos, México, Canadá, Austrália e Reino Unido.