Pesquisa – 30% dos domicílios são chefiados por mulheres – entre as classes A-B, 25% da renda familiar vem de mulheres, já na classe C, os rendimentos femininos representam 40%. Uma análise do instituto Data Popular revelou que as jovens mulheres da classe C estudam mais que seus pais estudaram e apresentam maior interesse pelo mercado de trabalho que as mulheres da classe A. Da mesma forma, o mercado de trabalho feminino hoje é composto em sua maioria por mulheres da base da pirâmide e por estar diretamente associado ao crescimento do índice de escolaridade, se desenvolverá sustentado pelo novo perfil de escolaridade das jovens trabalhadoras da classe C. Serão elas que dominarão o mercado de trabalho, as famílias e consequentemente o consumo nos próximos anos. Atualmente 51,3%, ou seja, 96 milhões da população brasileira é feminina e 80,6 milhões estão na classe C, D e E e de um modo geral, elas já detêm escolaridade superior a dos homens.
É cada vez mais difícil distinguir a diferença de preparo entre as novas trabalhadoras das classes C, B e A. Atualmente as médias de tempo de escola são 12,7 anos na classe A, 10,5 anos na B, 7,7 anos para C, mas isso tende a mudar. Quanto maior a idade das mulheres, menor a diferença entre a escolaridade nas diversas classes sociais. “No Brasil 30% dos domicílios são chefiados por mulheres – entre as classes A-B, 25% da renda familiar vem de mulheres, já na classe C, os rendimentos femininos representam 40%. É como se a classe AB estivesse voltando para casa e a classe C saindo para trabalhar”, constata Renato Meirelles, especialista do Data Popular e responsável pela análise.
Considerando as jovens mulheres da classe C, 68,1 % já possuem escolaridade maior que a mãe. As mulheres com algum tipo de atividade remunerada nas classes AB representam 1,1 milhão. A tendência que se vê na realidade brasileira é que com a universalização do ensino médio e o aumento de jovens no ensino superior, mais mulheres da classe C estudem e se tornem chefes de família. 18 milhões de mulheres brasileiras, isto é, 31%, hoje têm menos de 20 anos, ou seja, existe um grande potencial para que essas pessoas, nas próximas décadas, se transformem em consumidoras mais bem informadas e, portanto mais exigentes – o que determinará os novos rumos do mercado em muitos dos seus segmentos e também na comunicação publicitária.
Entre as mulheres de 18 a 25 anos da classe C, em comparação com a geração dos pais, já é nítida a mudança que está ocorrendo. 58,9% fazem mais pesquisas de preço antes de comprar, 59,6% são mais estressadas, 70,3% são mais interessadas em política, 72% tem menos tempo para se dedicar à família, 79,2% são mais vaidosas e 91,7% são mais consumistas.
SOBRE A POPULAÇÃO FEMININA:
80 milhões de mulheres pertencem as classes C,D e E
Escolaridade
Apenas 10% das mulheres de classes C estudaram mais que seus pais, contra 68% das jovens de classe C.
O que pensa a mulher entre 18 e 25 anos da classe c em comparação com à geração de seus pais:
70,3% Mais interessadas em política
79,2% Mais vaidosas
59,6% Mais estressadas
91,7% Mais consumistas
58,9% Fazem mais pesquisa de preço
72% Menos tempo para se dedicar a família
25% do total do total da renda da classe A vem da Mulher quanto 41% na classe C
Sobre o DATA Popular – Criado em 2002, o DATA Popular surgiu para produzir conhecimento de qualidade sobre o mercado popular no Brasil. A empresa é especialista no desenvolvimento de pesquisas e análises para entender como funciona o mercado de baixa renda. Seus estudos avaliam a relação deste público com produtos e marcas para descobrir qual a melhor forma de se comunicar com um segmento responsável por um mercado de R$ 620 bilhões por ano.. Entre os clientes atendidos estão Associação Comercial de São Paulo, Alpargatas, Aon Affinity, Banco IBI, Bovespa, Camargo Correa, Dia%, Faber-Castell, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Silvio Santos, Intel, Marabráz, Microsoft, Ministério do Turismo, Natura, Nestlé, Pernambucanas, Procter & Gamble, Sadia, SBT, Schering-Plough, Telefônica, Wal-Mart, entre outros.