Considerado como um dos aliados no combate à Nova gripe Influenza A H1N1, o uso do álcool em gel requer atenção e cuidados. De acordo com a chefe da divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Jussara de Fátima Serrato dos Santos, a população deve procurar produtos legalizados e registrados no Ministério da Saúde. A Secretaria Estadual da Saúde orienta, por meio de suas Regionais em todo Paraná, que as divisões municipais de vigilância sanitária apreendam álcool em gel comercializado de forma irregular ou duvidosa. Produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sem controle de fabricação não só causam danos aos usuários, como não combatem o vírus da Nova gripe Influenza A H1N1.
“É importante que o consumidor preste atenção no rótulo. Ele deve trazer informações sobre o produto, data de fabricação e validade, composição, conteúdo, modo de usar e precauções”, explicou.
No caso de álcool manipulado, a atenção é para o estabelecimento escolhido. Jussara alerta para a necessidade da licença sanitária, que garante que a farmácia cumpre boas práticas de higiene e conta com profissional capacitado.
CUIDADOS – A chefe da divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Sesa lembra que, para ser eficaz contra vírus e bactérias da Nova gripe Influenza A H1N1, o produto deve ter concentração de 70% de álcool. Somente neste percentual ele consegue atravessar a membrana de vírus e bactérias. Na falta de álcool em gel, ou líquido, lavar bem as mãos com água e sabão funciona.
“Não é preciso pagar caro pelo álcool em gel. Ele é uma alternativa para aquelas pessoas que não têm como lavar as mãos. É mais prático porque pode ser levado em um pote pequeno. Mas, não é a única medida de prevenir a Nova gripe Influenza A H1N1 e deve ser usado em conjunto com bons hábitos de higiene”, destaca.
USO – A técnica orienta, também, para que o álcool em gel seja usado apenas nas mãos e braços. Para limpeza de mesas e outras superfícies, o recomendado é o álcool líquido.
“O produto em gel é mais destinado para uso na pele porque sua textura diminui o risco de incêndios. O problema ao passar sobre a mesa é que, quando o álcool evapora, o gel fica e forma uma camada que acumula sujeiras e bactérias. O produto líquido é perfeito para isso”.
APREENSÃO – Na semana passada, 71 galões de 5 quilos de álcool em gel, 52 potes com um quilo e 19 potes com 250 gramas do produto, sem a devida identificação, foram apreendidos em Curitiba. Eles eram produzidos em fábricas de cidades vizinhas, que já são fiscalizadas. Os comerciantes foram notificados e terão 15 dias para apresentar defesa. Se comprovadas as irregularidades, serão punidos de acordo com as normas da Anvisa, que podem ir da advertência ao pagamento de multa.
O diretor do Centro de Saúde Ambiental da prefeitura de Curitiba, Sezifredo Paz, também reforça as recomendações. “Ao comprar álcool para se prevenir da gripe, o consumidor deve também ter a certeza de estar levando para casa um produto específico para higiene das mãos”, alertou.
Ele pede para que qualquer irregularidade seja informada às prefeituras municipais. “Na Capital, a população pode ajudar, fazendo denúncias de produtos ineficazes ou de fabricação suspeita pelo telefone 156”, acrescentou.
BOX:
Informações importantes e outras orientações sobre o uso do álcool 70% no combate a Nova gripe Influenza A H1N1:
1. A lavagem das mãos com água e sabão ou sabonete reduz o número de vírus Nova gripe Influenza A H1N1, assim como outros micro-organismos transmitidos pelo contato. O uso de álcool 70% em gel, ou líquido, é recomendada como alternativa quando não for possível lavaras mãos.
3. Mesmo com o uso do álcool, o sabão não deve ser dispensado. Se as mãos estiverem sujas, deve-se lavá-las primeiro e só depois usar o álcool.
4. Álcool com concentração menor que 70% não serve.
5. Álcool a 90% não deve ser usado, porque pode causar irritação na pele.
6. Álcool líquido ou em gel para limpeza doméstica também não deve ser usado para higienizar as mãos.
Cuidados na hora da compra:
1.A embalagem deve ser plástica, bem fechada, protegida ao abrigo da luz e em lugar fresco.
2. Todo produto deve ter rótulo, que não pode estar rasgado, descolado da embalagem, manchado ou ilegível. Só compre produtos com embalagens intactas.
3. Todo rótulo deve ter:
– nome do produto;
– concentração (70%);
– forma farmacêutica (solução ou gel);
– conteúdo (100ml, 500 ml etc);
– indicação de uso (higienização da pele);
– composição; modo de usar; precauções e advertências;
– número do lote; data de fabricação e validade e código de barras;
– nome do fabricante ou distribuidor, CNPJ, endereço completo e telefone;
– nome e número do conselho de classe do responsável técnico;
– Registro ANVISA-MS e ou Produto Notificado ANVISA-MS, seguido do número de autorização de funcionamento da empesa;
– número do telefone do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).
6. Álcool clandestino, sem registro e ou notificação da Anvisa ou do Ministério da Saúde, não produz efeito antisséptico e pode causar danos à saúde.
7. Ao comprar álcool em gel, certifique-se de que está adquirindo um produto específico para a higiene das mãos.
Cuidados no armazenamento em casa
1. Guarde o produto longe de alimentos, bebidas, medicamentos e comésticos.
2. Mantenha fora do alcance de crianças e animais.
3. As embalagens devem ser inutilizadas e descartadas, separadas do lixo orgânicos.
4. Não dilua, prepare ou manipule o álcool em gel em casa. O produto poderá ser ineficaz contra Nova gripe Influenza A H1N1 e causar acidentes.
(Fonte dos BOX: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba)