Uma nova instituição vai colaborar para a formulação de estratégias do Plano Nacional de Mudança do Clima e para a elaboração dos relatórios de medidas nacionais e multilaterais apresentados nas Conferências das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas da ONU. Na semana passada, foi inaugurado o Instituto de Tecnologia e Engenharia das Mudanças Globais em Energia e Meio Ambiente, que vai realizar estudos de identificação de vulnerabilidades, ações de mitigação e adaptação a mudanças climáticas no território nacional.
Convênio entre o Ministério da Ciência e da Tecnologia e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ – Coppe permitirá o repasse de R$ 3 milhões da Finep e outros R$ 800 mil pelo CNPq.
Integração – O trabalho no Instituto do Clima será realizado de forma integrada com várias unidades da Coppe, tais como Instituto Virtual de Mudanças Climáticas (Ivig), que trata de tecnologias e energias sustentáveis, e o Programa de Planejamento Energético, que inclui o Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima). Também fazem parte da parceria o Programa de Engenharia de Transportes, que já desenvolve estudos associados ao tema como, por exemplo, mobilidade e sociedade de baixo carbono.
O instituto contará com o suporte do supercomputador da Coppe, um dos mais potentes da América Latina, fruto da cooperação com a Petrobras. O equipamento entrará em operação ainda este ano para desenvolvimento de modelos climáticos aplicados à engenharia. Atualmente, quatro professores da Coppe participam do grupo de energias renováveis do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
A Coppe já é sede do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e tem participado das reuniões com a Presidência da República, Ministério Minas Energia, Ministério do Meio Ambiente e Casa Civil para definir a posição brasileira na Convenção do Clima de Copenhague, em dezembro.