Quarta-feira, 29/04/2009, às 20h
1. O Ministério da Saúde monitora DOIS CASOS SUSPEITOS de pessoas que atendem aos critérios de definição de caso suspeito de influenza suína (ver item 8). Os pacientes estão sendo acompanhados em São Paulo (capital) e Minas Gerais (Belo Horizonte). Eles estão internados em hospitais de referência e já estão recebendo o medicamento Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), indicado para o tratamento de influenza.
2. Outros 36 CASOS estão sendo investigados, em 11 estados. São pessoas que estiveram em áreas afetadas e que apresentaram alguns sintomas, mas queNÃO SÃO CONSIDERADAS SUSPEITAS, porque não atendem à definição de caso suspeito preconizada pelo Ministério da Saúde. Um caso de Minas Gerais foi descartado para influenza suína.
- Na tarde desta quarta-feira, a diretora geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, elevou o nível de alerta da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional da fase 4 para a fase 5. Possíveis novas recomendações da OMS aos países deverão ser anunciadas nesta quinta-feira (30/4).
- O Brasil mantém as ações do Plano de Preparação para o Enfrentamento de uma Epidemia de Influenza, que vêm sendo desenvolvidas desde o último sábado (25/4), quando foi acionado o Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública. O grupo, que se reúne diariamente em Brasília, tem a participação de representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, do Ministério das Relações Exteriores e da Aeronáutica.
- Com relação ao medicamento indicado para influenza, o Ministério da Saúde recebeu do laboratório produtor (Roche) 6.250 tratamentos adultos e 6.250 pediátricos. Foram enviados, nesta quarta-feira, 200 tratamentos para o estado de São Paulo e 200 para o estado do Rio de Janeiro. Os demais estados devem receber 20 tratamentos, cada um, nesta quinta-feira. A regulação do estoque e o envio de novas remessas aos estados serão avaliados pelo Ministério, conforme a necessidade.
- Atualmente, o país dispõe de estoque estratégico de 9 MILHÕES de tratamentos. A matéria prima está acondicionada a granel e pode ser transformada em cápsulas no laboratório de Biomanguinhos (no Rio de Janeiro) e em laboratórios da Marinha e do Exército. Juntos, os laboratórios têm capacidade de produzir 300 mil cápsulas por dia (o equivalente a 30 mil tratamentos). A quantidade de medicamento e o início do processamento serão indicados pelo Ministério, conforme a necessidade.
- O Ministério da Saúde NÃO RECOMENDA que a população tome medicamentos por conta própria. A automedicação pode mascarar ou atenuar sintomas, além de provocar resistência ao medicamento específico para influenza.
- Para o Ministério da Saúde, um caso suspeito de influenza suína é caracterizado por:
· Apresentar febre alta de maneira repentina (acima de 38ºC) e tosse, podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dificuldade respiratória e dor de cabeça, musculares e nas articulaçõesE:
a) Ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de áreas afetadas pela doença;
OU
b) Ter tido contato próximo, nos últimos dez dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de influenza suína.
9. São consideradas áreas afetadas os países com casos confirmados e divulgados pelos governos ou pela OMS. Contato próximo é a pessoa que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso confirmado.
10. A recomendação para as pessoas que sentem algum dos sintomas e que passaram por áreas afetadas pela influenza suína é procurar um serviço público de saúde imediatamente. Existem, no país, 52 hospitais de referência (ao menos um por estado) para atendimento de eventuais casos que precisem ser monitorados.
11. Na manhã desta quarta-feira, a OMS disponibilizou aos países o sequenciamento genético do vírus causador da influenza suína em humanos. No prazo de até 10 dias, o Brasil poderá realizar exames específicos para detectar a doença, em três laboratórios públicos: Instituto Evandro Chagas (PA), Instituto Adolf Lutz (SP) e Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).