Quem deseja conhecer novas tecnologias, ambientalmente corretas e sustentáveis, tem motivo a mais para participar da Mostra Fiesp/Ciesp de Responsabilidade Socioambiental. Ações simples, como a destinação correta de embalagens pets ou o aproveitamento de material que antes seria descartável faz toda a diferença. E em todos os sentidos. Há economia para empresas, impactos positivos para a sociedade e o incentivo ao desenvolvimento de novas metodologias.
Embalagens compõem linha de tintas da Basf
Um caseinteressante que comporá a Mostra trata do uso de garrafas pet na produção de esmaltes e vernizes. O exemplo vem da Basf e sua marca de tintas imobiliárias, a Suvinil. Desde 2002 foram investidos cerca de US$ 3 milhões para viabilizar o projeto que já retirou aproximadamente 400 milhões de pets (mais de 20 mil toneladas) do meio ambiente. São necessários cinco pets para a composição de cada galão de 3,6 litros.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Pet, a reciclagem movimenta R$1,08 bilhão em negócios, em média, no Brasil. Atualmente, 53,5% do material voltam à indústria e a demanda entre empresas do setor têxtil, de embalagens e de materiais para construção é cada vez maior. Desde 1996, a reciclagem do material cresce a taxas médias de 18% ao ano.
Entre os benefícios sociais, destacam-se o incentivo aos programas de coleta seletiva, a geração de cerca de dois mil postos de trabalho em toda a cadeia de fornecimento de pet e a geração de capital para ampliação de recicladoras. Para a Basf há diferenciais: a redução do volume de efluentes em 40%, o uso de material reciclável de alta disponibilidade e de forte impacto ambiental (a decomposição da embalagem pet é estimada entre 100 a 150 anos), além da redução de custo com consumo de matérias-primas não-renováveis e melhoria na performance do produto.
Tijolo social
Na Dedini S/A Indústria de Base, do setor sucroalcooleiro e capital 100% nacional, destaca-se o projeto tijolo social. O programa prevê o aproveitamento de resíduos de madeira provenientes das embalagens (pallets) utilizadas pela empresa, encaminhados para olarias e trocados por tijolos destinados à Associação Pró-Mutirão-Casas Populares de Piracicaba (Mucapp). Fundada em 1993, já construiu cerca de 320 casas atendendo a famílias que moram em assentamentos precários, favelas ou áreas de risco.
A base de troca com as olarias é de 4 t/resíduos para 500 tijolos. A Mucapp entregou, em junho deste ano, 3 mil tijolos às famílias participantes do projeto, suficiente para a construção de uma casa popular. Cada casa de alvenaria convencional tem 40 m2, com 1 ou 2 dormitórios, sala, cozinha e banheiro e o beneficiário retorna 30% do valor em prestações determinadas de acordo com a renda familiar.
Além da diminuição do desmatamento, outra vantagem do Projeto é a reutilização total de material rejeitado pela indústria, que segue para o abastecimento dos fornos das olarias. Outros benefícios indiretos são a diminuição do volume de descarte nos aterros, aproximadamente 16 toneladas, e a melhoria das condições habitacionais do município, auxiliando na redução do déficit habitacional.
SERVIÇO:
Mostra Fiesp/Ciesp de Responsabilidade Socioambiental
A Revolução Industrial, Econômica, Ambiental, Social e Política no Pós-crise Mundial
Quando: 25 a 27 de agosto, das 9h às 18h
Local: edifício sede da Fiesp, à Av. Paulista 1.313.