A cirurgia plástica se desenvolveu muito nos últimos anos. Hoje, o procedimento está ao alcance de quem deseja corrigir uma imperfeição ou mesmo alterar alguma parte do corpo, na busca de melhorar a aparência e ficar mais jovem.
Entretanto, para que a cirurgia plástica possa ser considerada um sucesso, é necessário um planejamento detalhado que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, realizar as etapas do pré e do pós-operatório. “Ao optar por realizar uma cirurgia plástica, o paciente precisa estar munido de informações sobre os aspectos que envolvem o tipo de cirurgia plástica escolhida, como qual a melhor técnica, como escolher o especialista, como se preparar, orientações para o pré e pós-operatório, entre outras informações detalhadas que irão ajudar a tomar a decisão certa, como também contornar as armadilhas que podem comprometer a segurança e até mesmo a qualidade do resultado”, ressalta o cirurgião plástico Dr. Alan Landecker, Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), membro da prestigiada International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e autor do livro Cirurgia Plástica – Manual do Paciente.
“Corremos o risco de banalização da cirurgia plástica. Mas, esse é um procedimento que só pode ser feito em pessoas com a saúde física e mental em dia. A cirurgia estética pode ser segura e alcançar ótimos resultados, mas também pode trazer frustração e complicação. Quanto mais bem informada e preparada a pessoa estiver para decidir, maiores são as chances de acertar”, completa Dr. Alan.
Tomando a decisão
A cirurgia plástica não é o segredo da felicidade. Ela é apenas parte de um programa de bem estar para maximizar o resultado de uma rotina saudável, de viver bem, de sentir-se bem. “Quando a pessoa está diante de uma decisão dessa magnitude, um período para reflexão é fundamental. O paciente precisa entender seus interesses e motivações. Em uma lipoaspiração, por exemplo, a pessoa não pode estar com excesso de peso, pois a cirurgia não substitui a dieta”, aconselha Dr. Alan Landecker.
Dentre os principais fatores que motivam o paciente a procurar uma cirurgia plástica destacam-se:
Características físicas causadas pela genética;
Alterações faciais e corporais causadas pelo envelhecimento;
Cicatrizes adquiridas no passado ou lesões após um traumatismo;
Conflito entre como a pessoa se sente e como ela se vê no espelho;
Reconstruir o corpo após a gravidez e após perda de peso significativa;
Alterações corporais que minam o sex appeal, afetando a auto-imagem e a sexualidade.
Como é a pessoa que elege se submeter à cirurgia plástica, os riscos devem ser bem avaliados. Os pontos a serem ponderados são:
Escolhendo o médico – A formação do cirurgião plástico é o aspecto que mais influencia na qualidade do resultado final. Para isso, é fundamental procurar um médico formado por uma instituição reconhecida. “O paciente deve perguntar ao médico sobre suas especializações, experiências, se ministra aulas e cursos, se já participou de publicações, com quem trabalhou, etc”, diz Landecker. “A pessoa deve procurar um profissional especialista na cirurgia desejada. Além disso, é importante que ele tenha sido aprovado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que é uma espécie de selo de qualidade”.
A consulta – “A consulta representa uma das etapas mais importante de qualquer tratamento médico. Inclusive, grande parte da ansiedade demonstrada por alguns pacientes pode ser atenuada pela consulta, e pacientes bem informados sobre o tratamento costumam evoluir de forma mais satisfatória. Portanto, uma boa consulta deve oferecer grande quantidade de informações, mesmo que a cirurgia não seja indicada para o caso dele”.
Procedimentos para a cirurgia – Dr. Alan relata ser vital que o paciente seja informado de todos os aspectos da cirurgia, com orientações por escrito que abordem os procedimentos pré e pós-operatórios antes que a cirurgia aconteça. “Quanto mais informação o paciente receber antes da cirurgia, melhor será para evitar ansiedade e insegurança”. Outro ponto importante é que, independente da idade, todos os pacientes devem ser rigorosamente avaliados com exames físicos e laboratoriais.
“Quem fuma, por exemplo, deve saber que o cigarro retarda a capacidade de recuperação do corpo, devido aos efeitos da nicotina, que afeta a constrição dos vasos e a diminui o aporte de nutrientes para a cicatrização da região operada”, ressalta.
Documentação fotográfica – A fim de documentar a aparência antes da cirurgia e estudá-la cuidadosamente, o cirurgião deve fotografar a região a ser operada em vários ângulos. Essas fotos normalmente são utilizadas durante a cirurgia para auxiliar na execução correta do procedimento e valem como documentação médico-legal.
Outros aspectos – Muitos detalhes envolvem a preparação do paciente para a cirurgia plástica. É com base no tipo de cirurgia e resultados dos exames que será escolhido o tipo de anestesia. Toda orientação médica que envolva o comportamento e hábitos do paciente antes, no dia e após a cirurgia, deve ser rigorosamente seguida, a fim de evitar qualquer interferência durante o procedimento e no resultado final.
O sucesso da cirurgia plástica envolve muitos detalhes. No entanto, o apoio da família e de amigos é fundamental, principalmente, durante o período de recuperação. “Ocasionalmente a pessoa ouvirá comentários de leigos que, apesar de não intencionais, podem levar a algum grau de instabilidade emocional. Por isso, é importante confiar na capacidade e experiência do cirurgião, porque é ele que falará honestamente sobre o progresso e as expectativas com relação ao resultado final”.
Perfil
Formado em Medicina e Cirurgia Geral pela Universidade de São Paulo, Dr. Alan Landecker iniciou sua formação em Cirurgia Plástica com o Professor Ivo Pitanguy, com quem trabalhou durante três anos. Tornou-se Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e, também membro da prestigiada International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Realizou pós-graduação/especialização clínico-cirúrgicas nas Universidades de Miami, Alabama, Pittsburgh, New York e Texas Southwestern, um dos mais importantes centros de formação em cirurgia plástica dos Estados Unidos, o que permitiu desenvolver estudos que foram apresentados em eventos científicos e publicados em revistas internacionais especializadas.