Após visitar na manhã desta segunda-feira (15), no Hospital 9 de Julho, o motorista Edivaldo Gomes, 48, que teve 40% de seu corpo queimado num incêndio criminoso em mais um ataque perpetrado contra coletivos na Capital, o prefeito Roberto Sobrinho acusou o governador Ivo Cassol por omissão no trato com a Segurança Pública em Porto Velho.
Com o último incêndio, sobe para quatro o número de ônibus que sofreram ataques depois que a Prefeitura da Capital passou a combater, com o apoio da Polícia Militar, o serviço clandestino de mototáxi na cidade. Três ônibus foram incendiados e um seqüestrado. “Algumas autoridades querem transformar o debate sobre o transporte público em guerra política, o que está alimentando a escalada de violência contra o transporte coletivo e seus funcionários”, observou o prefeito.
O que causou maior indignação do prefeito foi a crueldade dos ataques, nos quais os criminosos, armados, obrigam que funcionários das empresas permaneçam dentro dos veículos enquanto são consumidos pelas chamas.
“Passou da hora do governador assumir sua responsabilidade para com a segurança pública. Chegamos a um ponto de vulgarização da violência no qual até mesmo a sede do Ministério Público Estadual foi alvo de disparos criminosos. Nos bairros explodem os casos de roubos, furtos, estupros, assassinatos. Enquanto isso, frente ao caos o cidadão de bem, impotente, é obrigado a se autoprisionar em casa, enquanto que o governo não consegue reagir e encontrar uma resposta rápida. Estamos aqui pedindo socorro”, disparou o prefeito.
De acordo com o prefeito, o Estado possui policiais civis e militares de qualidade, comprometidos com a segurança pública, “mas falta planejamento. Falta uma política de ação de combate à marginalidade. A Segurança Pública está sucateada. Faltam viaturas, faltam policiais e sobram discursos raivosos, porém vazios”, criticou Roberto Sobrinho