De acordo com previsão dos meteorologistas da Somar, o padrão de chuvas em agosto muda em relação ao mês passado. Em julho, boa parte dos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul registraram precipitações acima da média, como foi o caso da Capital paulista, que teve o julho mais chuvoso dos últimos 66 anos. A maior cidade do Brasil fechou o mês com 182,1mm acumulados, mais de quatro vezes a média climatológica, que é de 44,1mm.
As correntes de jato, que são ventos em altos níveis da atmosfera (mais de 10km de altura), criaram um bloqueio atmosférico entre os Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul no mês passado, fazendo com que as frentes frias estacionassem nessas regiões. A partir de agora, esses jatos se posicionam mais ao sul, fazendo com que as chuvas mais intensas e constantes se concentrem sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Assim como as chuvas, o frio também se desloca e as temperaturas já não serão tão baixas no Rio Grande do Sul, mas sim entre o Uruguai e Argentina. No mês passado, a cidade Pelotas, no sul do Estado gaúcho, registrou a temperatura mais baixa dos últimos 34 anos: -2,4°C. Ainda no sul gaúcho, a cidade de Rio Grande registrou mínima -0,6°C por dois dias, os mais frios da história da cidade. Segundo o meteorologista Celso Oliveira, ainda há previsão de frio no Rio Grande do Sul em agosto, só que ele não será tão intenso e com recordes como em julho.