Todo mundo sabe que a morte é a única certeza da vida, mas isso é difícil de aceitar. Principalmente, se o diagnóstico for uma doença que não tem cura e com prazo de validade. O sofrimento, às vezes, pode ser intolerável sem a ajuda dos paliativistas – especialidade que ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes com doenças que ameaçam a vida.
Recentemente, no Brasil, o novo Código de Ética Médica incluiu pela primeira vez os cuidados paliativos como um de seus 25 princípios fundamentais. Antes disso, o texto não tratava sobre a morte. ““O paliativismo é voltado para o controle dos sintomas que incomodam o paciente, podendo ser de natureza física, emocional, social e/ou espiritual. A assistência também deve ser estendida aos familiares e cuidadores”, explica Dra. Maria Goretti Maciel, médica paliativista do Hospital Samaritano de São Paulo, instituição que inaugurou esta semana o Programa de Cuidados Paliativos para seus pacientes.
O paliativismo também está sendo abordado pela novela da TV Globo Viver a Vida, nos personagens de Ellen (Danielle Suzuki) e Ariane (Christine Fernandes), duas paliativistas. “É importante frisar que o conceito não tem nada a ver com a eutanásia. O paliativismo defende a qualidade de vida enquanto houver vida”, continua dra. Maciel.
Programa de Cuidados Paliativos do Hospital Samaritano
O Hospital Samaritano de São Paulo inaugurou esta semana o Programa de Cuidados Paliativos, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente com doença que ameaça a vida. O trabalho é feito por um grupo consultor que atua em conjunto com uma equipe interdisciplinar do Hospital. As ações podem ser somadas ao tratamento e têm inicio a partir da solicitação do médico ou do próprio paciente ou familiar.